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18 de abril de 2023

Alta performance na Oratória transmite confiança

Regra para alunos de Direito se aplica a todos os profissionais


Everton Marques
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“Sem que você abra a boca, você já se comunicou”, disse a palestrante no encontro que ocorreu na sala de Eventos I da UNIFENAS

A forma com a qual expressamos nossas ideias, como nos vestimos para determinadas ocasiões podem não dizer quem realmente somos. Porém é decisivo na imagem que transmitimos para outras pessoas. Estes são ensinamentos que se aprendem em uma mentoria de oratória e comunicação. Informações que certamente foram relevantes para um grupo de universitários de Direito, da UNIFENAS, câmpus de Alfenas.

Estudantes e professores participaram da palestra “Oratória Alta Performance”, proferida por Michele Ananias, mentora de oratória e comunicação. Uma conversa provocativa, principalmente para quem pretende se diferenciar no mercado de trabalho. No 1º período do curso, Luiz Gustavo Almeida Silva, disse que o contato com a convidada vai de encontro à sua pretensão de ser um bom advogado, atuante no meio empresarial e que atenda bem os seus clientes. Ele deseja “passar um boa impressão”, assim como explicou a palestrante.

Seu colega de curso, Abner Moreira Bento percebeu que por meio de uma boa comunicação nos tornamos confiáveis e respeitáveis. As orientações recebidas são importantes para quem acabou de chegar à Universidade. “Até a postura! Eu não sabia que a postura contava. Isso é muito bom”, destacou o estudante.

Como ressaltou Michele Ananias, ao nos comunicarmos transmitimos conteúdo, usamos a expressão vocal e a linguagem corporal para fazê-lo. Ter consciência desse passo a passo é necessário, pois impacta diretamente, por exemplo, no emprego. Ela afirma que pessoas são contratadas por seu currículo técnico e demitidas por seu comportamento. “A comunicação, a oratória, ela é a habilidade mais procurada no profissional. Então, não só nos bacharéis em direito, todo profissional precisa saber se comunicar. Imagine esses ‘meninos’, que estão aqui na academia, apresentando, aprendendo a parte técnica, como é que está a parte emocional, comportamental? De que adianta eles pegarem todo esse arcabouço da parte técnica e não saber se comunicar. Saber apresentar.”

Na palestra para os alunos do Direito ficou claro que é possível treinar a oratória, aprender a se comunicar assertivamente. Além da dica de se vestir bem para transmitir confiança, a leitura é necessária para ampliar o repertório, assim como conhecer os seus vícios de linguagem e praticar para superá-los. “Porque quando a gente aprende a falar em público, quando desenvolvemos isso, nós também conseguimos controlar melhor nossas emoções para lidar com a família, com o próximo, com todos os problemas que a gente tem. Aprendemos a organizar os nossos pensamentos e nos expressarmos da melhor forma possível”, destacou a professora Mônica Fernandes, responsável pela Disciplina Projetos Inovadores e Integradores I.

Nesse processo, a comunicação não verbal merece destaque. “Sem que você abra a boca, você já se comunicou. Então, como é que está a sua imagem? Como estão os seus gestos? Como estão seus olhos? Para onde você olha quando se comunica com uma pessoa? Tudo isso influencia, tudo isso influencia para gerar desejo. A comunicação não verbal está no ponto alto”, enfatizou Michele Ananias.

Ter a consciência de que somos observados o tempo todo provocará mudanças em nós mesmos. Transformações com as quais teremos uma melhor comunicação e influência capaz de despertar nos outros o desejo em nos ouvir. Como disse a palestrante, atingir alta performance é possível, desde que se treine. “Não entra por osmose, não tem comprimidinho. Tem que treinar! Tem que pegar as técnicas, ir para a frente do espelho. Tem ferramentas poderosíssimas que ajudam nesse desenvolvimento da alta performance na comunicação.”



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