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22 de março de 2023

Jornal dos Lagos relembra os 15 anos sem o fundador da UNIFENAS


Everton Marques
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Página 9, do Caderno L, com o as imagens que ilustram o texto da publicação

A memória de um grande homem permanece viva por meio de suas realizações. Há 15 anos a UNIFENAS se despedia de seu fundador, o Professor Edson Antônio Velano. O ano era 2008, mais precisamente um sábado, dia 22 de março. Os veículos de comunicação e até mesmo o Congresso Nacional o homenagearam, tal era sua relevância para a educação superior brasileira.

Em sua última edição, no dia 18 de março de 2023, o Jornal dos Lagos, publicação também criada por ele, relembrou sua passagem e a saudade que deixou. De autoria do editor do jornal, o jornalista Valdir Cezário, o título diz muito do que se lê no texto: “Saudade que parece não ter fim!...”.

Egresso do curso de Jornalismo da UNIFENAS, no último parágrafo escreveu o jornalista: “Professor Edson Antônio Velano se alegrava e se rejubilava com as vitórias alheias e nós desfrutamos de toda a sua obra e procuramos seguir todos os passos deixados por ele, seus ensinamentos e suas atitudes”.

Passados todos estes anos a figura do professor permanece presente. No ano em que completou 50 anos de criação (2022), a UNIFENAS recebeu o nome do Prof. Edson Antônio Velano. A homenagem foi prestada por sua esposa e reitora da Universidade, a professora Maria do Rosário Araújo Velano; e suas filhas Dra. Viviane Araújo Velano Cassis, vice-reitora e pró-reitora de planejamento e desenvolvimento; e a Dra. Larissa Araújo Velano, pró-reitora administrativo-financeira e presidente da Feta (Fundação de Ensino e Tecnologia de Alfenas).



Recordações da passagem



Nos dias que se seguiram à sua passagem, além do Jornal dos Lagos e outros veículos de imprensa, a TV Alfenas exibiu um especial em memória do professor, também fundador da emissora.

Entre as muitas reportagens, estava a crônica que agora relembramos a seguir, com o título de “O homem de Vila Formosa”; na época narrada pelo saudoso apresentador Camilo Zaponi:

“Ao falar sobre a morte disse certo teólogo: ‘Imagine dois gêmeos prestes a nascer. O útero de sua mãe é o mundo que eles conhecem. Nasce o primeiro e o que fica chora por ter perdido o irmão. Mal sabe ele que o outro agora vive em um mundo muito maior’.

Assim foi a passagem do professor Edson Antônio Velano, que nos últimos nove meses estava em gestação. A seriedade em atos formais dava lugar a um bonachão. Em muitos momentos brincalhão. Esperou justamente a comemoração da ressurreição de Cristo para renascer em outro lugar. Que nem fazemos ideia de como seja. O que já era de se esperar. Afinal, tudo que fez aqui foi grandioso.

Apenas uma mostra: fez de uma pequena cidade no interior mineiro ser reconhecida em todo o país. Mudou a realidade de uma região. Por diversas vezes estendeu suas mãos ao próximo. Formou homens e mulheres, construiu um hospital, escreveu livro, dirigiu documentário. É como se disse aos seus críticos: ‘Vocês vão ter que me engolir!’. Só entre nós, ele era cruzeirense.

Fez o que muitos de nós desejamos fazer. Tornou-se um exemplo de pai, amigo, empreendedor. E foi muito mais do que um patrão; um homem humano. Nós somos o gêmeo que ficou no útero. Professor Edson o gêmeo que nasceu. Como um garoto serelepe deve agora estar rindo de nós em um lugar muito melhor que este”.

(Crônica - Everton Marques, de 23 de março de 2008)