SEMEV debate a empregabilidade de médicos veterinários
Palestrantes que moram no exterior ajudam a ampliar a visão de estudantes e profissionais
Everton Marques
Mesa-redonda com profissionais que atuam em diferentes frentes no mercado profissional
Médicos veterinários e estudantes participaram da 36ª SEMEV (Semana de Medicina Veterinária). Para esta edição, a comissão organizadora elaborou uma programação que debatesse a "Empregabilidade: A Medicina Veterinária Além da Sala de Aula". Palestrantes nacionais e internacionais, bem como egressos, mostraram as oportunidades de atuação profissional e falaram do crescimento da Medicina Veterinária. O evento ocorreu de 3 a 5 de outubro, no câmpus de Alfenas.
Esta edição da SEMEV procurou despertar os médicos veterinários para o futuro da profissão, que exige mais do que o conhecimento técnico científico, requer o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. A comunicação assertiva, a capacidade de resolução de problemas complexos e a empatia foram habilidades destacadas pelo professor Pedro Ivo Sodré Amaral, coordenador do curso Medicina Veterinária. Como disse, "são habilidades exigidas em um nível muito alto hoje em dia, e que os alunos têm que se preparar durante o curso. Esse é o momento adequado para se desenvolver, não só tecnicamente".
O conselheiro do CRMV-MG (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais), Jean Ciarallo, fez um diagnóstico positivo da carreira e com possibilidades de crescimento; mesmo diante de um número maior de formandos e de faculdades. "[Há] uma fase de crescimento da Medicina Veterinária, principalmente na área de clínica de pequenos animais e indústria. A gente tem o Brasil como grande celeiro do mundo nessas áreas. E aqueles veterinários, aqueles formandos que não se importam apenas com a parte técnica, mas também com a parte de gestão, de informação, de marketing, esses com certeza sairão na frente."
Nos três dias de evento, vídeos exibiram depoimentos de cases de sucesso de profissionais que se formaram na UNIFENAS. Além das palestras presenciais, de forma on-line, direto de Londres, Suíça e Dubai, palestrantes contaram como é o mercado para o médico veterinário no exterior. "Nossos alunos têm capacidade técnica para exercer a Medicina Veterinária em qualquer lugar. Para isso precisam de informação. Exercer a profissão fora do país é um caminho também para o profissional médico veterinário. E, obviamente, cada cultura tem uma exigência diferente em termos das habilidades e competências que este profissional deve apresentar", explicou o professor Pedro Ivo.
A empregabilidade foi também o foco de uma mesa-redonda com empreendedores e profissionais do setor. Ela foi composta pelo professor Carlos Antônio de Carvalho Fernandes (Biotran), por Kamila Maia Santos (Ourofino), por Jean Cristo Teixeira Ciarallo (CRMV-MG), por Rodrigo da Cruz Costa Santos (Bimeda), pelo professor Rogério Giranda (Granja Bonjour), e pela professora Maria Cristina Costa Resck (médica veterinária e supervisora da UNIFENAS, câmpus de Belo Horizonte).
Com 36 anos de realização, a Semev (Semana de Medicina Veterinária), considerada a semana mais tradicional da UNIFENAS, procurou alinhar a formação diferenciada do aluno e o perfil esperado pelo mercado de trabalho. No décimo período do curso, a aluna Isaura Maria Silva Oliveira, integrante da comissão organizadora do evento, disse que foi uma experiência incrível participar dessa e de outras semanas. "Muitos alunos aderiram a esta SEMEV, com a volta presencial. Palestras sensacionais! Uma oportunidade única mesmo".
O coordenador do curso destacou que os palestrantes apresentaram questões que, muita das vezes, não são encontradas em livros. "São informações de vivência prática, do que o moderno mercado de Medicina Veterinária tem pedido do perfil do egresso. E o nosso curso não pode se isolar desse universo. Temos aqui um curso de grande tradição e com DNA inovador", afirmou Pedro Ivo.
