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31 de março de 2022

Medicina Veterinária: reencontro de "irmãos"

Egressos do início dos anos de 1990 e seus familiares visitam a UNIFENAS


Everton Marques
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Sérgio Andrade, Renato Picollo, Paulo Medeiros e Francisco Greco

Uma visita especial para relembrar histórias, rever amigos, compartilhar com os familiares experiências vividas na juventude. Um grupo de egressos do curso de Medicina Veterinária da UNIFENAS, turmas 89 e 96, revisitou suas memórias ao retornarem à Universidade no mês de março. Além do curso em comum, todos conviveram na "República Fim do Mundo".

O encontro foi marcado pelos depoimentos dos ex-alunos. Sérgio Carvalho de Andrade, Paulo Medeiros e Renato Picollo, da turma 89; e Francisco Puccio Greco, da turma 96 e que se formou primeiro em Zootecnia, relataram o orgulho de terem estudado em uma Universidade que foi capaz de lhes transformar em profissionais bem-sucedidos, cada um em uma área diferente.

Sérgio Andrade destacou que os cinco anos de curso em Alfenas o levaram a criar laços carinhosos com a cidade. "A gente desenvolveu o nosso caráter, a nossa vivência e parte profissional; a base veio daqui! Então, temos muito a agradecer à Universidade e a cidade que nos acolheram", destacou o egresso que reside em Mongaguá - SP, onde possui uma clínica de pequenos animais, e foi o responsável por organizar a visita.

"Somos os irmãos que não são de sangue e isso levamos para a vida." A frase de Renato Picollo, radicado em Campinas - SP, onde possui uma empresa de cursos com foco para veterinários, resume bem o que foi o convívio com os colegas de república e de graduação. Conta que passaram mais de 4 anos morando juntos, já que o curso ocorre em período integral. "Acordava, almoçava, estudava e sentávamos no banco da praça juntos. A UNIFENAS é quase uma irmandade. Não sei se os novos tem essa coisa no coração."

Ao falar do tempo de república, Paulo Medeiros complementou: "Como a gente era muito jovem, tinha perrengues, tinha briga, mas a gente nunca deixou de ser amigo. Uma turma que tem conflitos, mas que se entende. Sempre a gente ganha como ser humano e acaba evoluindo".

Hoje proprietário de um Hospital Veterinário, na capital paulista, com 12 médicos veterinários, Paulo diz que os recursos tecnológicos na época em que estudava não foram um limitador na sua formação. Pelo contrário, tornou-se um profissional melhor. "Como tínhamos menos recursos, aprendemos a ser um melhor clínico. Porque hoje em dia é muito fácil você colocar em um tomógrafo, fazer um exame de sangue e ver [o resultado]. Então, a parte clínica nossa foi muito boa, porque a gente tinha que entender o que havia".

As histórias contadas revelaram curiosidades como a de Francisco Greco. Ele conheceu pessoalmente o fundador da Universidade. Na época, sem condições financeiras para cursar Medicina Veterinária, a UNIFENAS lhe concedeu o crédito educativo. Hoje atua na vigilância sanitária de Itariri-SP e possui uma clínica de grandes e pequenos animais. Para ele, a prática universitária também fez diferença. "A prática da minha época era muito grande. Só não fazia cirurgia quem não tinha vocação. E faz muita diferença, principalmente na área da Medicina Veterinária". Com um sorriso, Francisco afirmou que apenas uma coisa não lhe agradou na visita: "A cidade mudou demais, cresceu demais. Então, eu quis resgatar aquela antiga Alfenas, antiga faculdade e não consegui".



Desdobramentos da visita



A recepção dos egressos foi realizada pelos professores Pedro Ivo Sodré Amaral, atual coordenador do curso de Medicina Veterinária, e Rogério Ramos do Prado, diretor de extensão e assuntos comunitários e coordenador do Núcleo de Acompanhamento e Integração do Egresso da UNIFENAS.

O coordenador do curso ouviu cada depoimento dos ex-alunos e teve orgulho do que acompanhou. "A gente também se emociona por eles. Você ter a oportunidade de regressar à instituição que estudou, que passou bons anos da sua vida, isso marca todas as pessoas. Na UNIFENAS temos esse prazer, privilégio, de poder receber esses egressos com muita constância. É muito satisfatório ver a carreira que foi construída a partir da instituição que a gente representa hoje em dia. Então, acabamos compartilhando da mesma emoção", disse o prof. Pedro Ivo.

Como coordenador do Núcleo de Acompanhamento e Integração do Egresso da UNIFENAS, o prof. Rogério Prado destacou a satisfação institucional de receber o grupo de ex-alunos. "Para nós é um prazer imenso poder acolher, não somente os egressos, mas seus familiares também. Muito bom essa experiência de integração. São pessoas que elevam o nome da Universidade. Eles têm uma vida profissional muito intensa e isso é motivo de orgulho."