A professora de LIBRAS, Maria Cristina, abordando “Aprendo a ser na diversidade”
Com a finalidade de discutir sobre os desafios enfrentados pelos professores do ensino médio na sala de aula, a UNIFENAS promoveu, no câmpus de Varginha, dia 17 de setembro, o workshop “O desafio de ser professor no século XXI” – Gênero e Bullying, a hora de falar é agora. Fale você também”.
Na programação, foram trabalhados os temas “Competências e reflexões sobre o fazer do professor na atualidade” (Professora Christiane Navarra Frogeri Pimenta, supervisora do câmpus de Varginha); e “Aprendendo a ser na diversidade: um resgate à humanização – uma reflexão acerca da atuação da escola na promoção de igualdade numa perspectiva inclusiva” (Maria Cristina da Silva, professora de LIBRAS); “Vovó viu a uva – inovar para avançar” (Professora Marly Moreira Dias); “Bullying: monstros e monstruosidades” (Professora Gislaine Ferreira e professor Ailton Dias); “Gênero e identidade: muito além da questão homem-mulher” (Professora Artemis Marques Alvarenga e professor Marlyson Junio Alvarenga Pereira); e também “Como lidar com o bullying” (Professoras Denise Costa Ribeiro e Flaviana Néias Bueno).
Professora Christiane Pimenta ressalta que é necessário repensar sobre aquilo que vem sendo feito até o momento e como agir daqui para a frente com uma geração diferente, com tantas novidades, com tantas características próprias, que quer ser protagonista, que quer participar, e que tem muitas fontes de informação. Para ela, o papel do professor hoje é muito mais de facilitador, de moderador, de lançar desafios em vez de dar tarefas, propor uma aula expositiva. “Hoje o professor precisa se interessar pelo perfil do aluno; precisa gostar do que faz, porque ele vai fazer com muito mais empenho; precisa vir preparado para sua aula, buscar as mesmas fontes que o aluno já buscou antes de vir para a escola. Além disso, ele precisa usar de muita criatividade. Com isso vai conseguir ministrar uma aula voltada para essa geração que gosta da praticidade, de experimentar, participar, vivenciar. E isso promove a aprendizagem”.
Para Dilza Mônica de Carvalho, professora da E.E Fábio Salles, de Varginha, a fala da professora Christiane Pimenta tem tudo a ver com a realidade de sua instituição. “A dificuldade do aluno em ter interesse e motivação para estudar; em querer estar em sala de aula, uma vez que a escola está ultrapassada; nós temos hoje uma realidade século 21 com uma escola século 20”. Em sua opinião, a solução é juntar o que a escola oferece com o que a rua e a mídia oferecem, para atrair os alunos para a escola e terem aprendizagem. “Para isso, o professor precisa ser criativo, aberto, flexível e fazer com que os alunos acreditem na escola e passem a gostar da instituição”.
Caminho certoA pedagoga Gislaine ministrou a oficina “Bullying: monstros e monstruosidades”, em que ela, juntamente com o professor Ailton, propõe trabalhar as diferenças a partir do tema “monstro, todas as diferenças que são categorizadas como monstros. “Aqui, nossa discussão foi a partir da ótica cênica, isto é, a partir do teatro, vamos discutindo o que é o bullying, como ele se propaga na escola. A partir do teatro eu consigo, como professor, trabalhar a questão do bullying na sala de aula”.
Selma Maria de Oliveira, professora de curso técnico para o magistério, da cidade de Fama, participou da palestra “Aprendendo a ser na diversidade: um resgate à humanização – uma reflexão acerca da atuação da escola na promoção de igualdade numa perspectiva inclusiva”. Ela relata que gostou muito, sendo isso o que sempre passa para suas alunas no início do curso. “Não estamos no modelo ideal, há muito o que fazer ainda, mas estamos caminhando, chegando num ponto que há 20 anos eu não imaginava que estaríamos aqui. Estou muito feliz e parabenizo a UNIFENAS por esse trabalho. A fala da professora Maria Cristina acrescenta muito para nós, profissionais”.
Repensar as práticasProfessor Rafael Pereira Gomes, coordenador do curso de Psicologia do câmpus de Varginha, observa que esta parceria entre UNIFENAS e as escolas é de suma importância para que os professores possam repensar suas práticas e, a partir de um outro sentido, de outro significado, serem professores que de fato correspondam aos desafios do século 21, desafios de lidar com os alunos e suas particularidades, “esse aluno hoje envolvido com as redes sociais e que traz uma demanda de novas formas, novas metodologias, sobretudo metodologias inovadoras, oferecendo a eles o suporte e a compreensão de todo o processo formativo e educacional”.
Rafael destaca que é muito “bacana” ver os professores com um sorriso no rosto: “é um ponto de esperança para nossa educação”.
Além de docentes, prestigiaram o whorkshop alunos que têm como objetivo atuarem na docência.