O palestrante Sérgio Cabral, que abandonou o consultório particular para se dedicar ao SUS e ao “Médicos Sem Fronteiras”
A Liga de Infectologia da UNIFENAS promoveu, no dia 10 de abril, duas palestras com os temas “A visão humanitária no Direito Internacional” – Professor Alysson Leal, e “A infectologia no Médicos Sem Fronteiras” – Pediatra, cardiologista infantil e psicopedagogo Sérgio Cabral.
Juliane Rodrigues Rangel de Assis, presidente da Liga, comenta que os objetivos do encontro foram comemorar o Dia do Infectologista (11 de abril), integrar os acadêmicos de diversos cursos para realizar um trabalho em conjunto em prol da saúde de Alfenas; e também mostrar os pilares da Liga, que são: o trabalho multidisciplinar, visto que não existe verticalização na área da saúde, ou seja, o médico não está no topo, não é um detentor do saber; o que há é uma equipe horizontal onde cada um contribui para a saúde pública; “e, por último, nós acreditamos no valor do ser humano e defendemos que saúde é um direito, não é uma esmola”.
O primeiro palestrante da noite, Sérgio Cabral, contou sua experiência durante as missões no “Médico Sem Fronteiras”, em diversos países e também no Brasil, por cinco anos. Ele relata que abandonou o trabalho particular para atuar no Sistema Único de Saúde, em Bom Despacho, onde reside, e em seguida foi desenvolver este trabalho humanitário.
Segundo ele, “Médicos Sem Fronteiras” é uma ONG que presta diversas assistências médicas, em várias situações, como catástrofes naturais ou causadas pelo homem (guerras), epidemias de doenças, epidemias de fome, negligência, entre outros. A equipe presta estes trabalhos voluntariamente, tendo apenas ajuda de custo.
Sérgio ressalta que sempre defendeu a saúde pública, e, em 2004, por questão de coerência, tomou a decisão de não trabalhar mais particularmente e se dedicar ao SUS e, em seguida, começou a fazer parte do Médicos Sem Fronteiras. “Eu acredito que os conhecimentos adquiridos nas salas de aula, na graduação e na especialização devem ser compartilhados e utilizados para a humanidade, e não só para mim, para eu crescer e aumentar meu patrimônio. Não basta só dizer que acredita; tem que partir para a ação”.
O encontro contou ainda com a presença de alunos e professores da UNIFAL. As inscrições foram 1 kg de alimentos não perecíveis, que serão entregues a algumas famílias carentes de Alfenas.