Everton Marques

Com a proposta de estimular a multidisciplinaridade entre as disciplinas e envolver outros cursos, ocorreu na Biblioteca Central da UNIFENAS, em Alfenas, a apresentação de projetos desenvolvidos pelo 4º e 6º períodos do curso de Ciência da Computação. O 4º período procurou solucionar problemas apontados por outras graduações a partir do desenvolvimento de programas computacionais. Com objetivo semelhante, o 6º período teve por desafio apresentar aplicações web a partir de temas aleatórios, propostos pela disciplina de Linguagens e Técnicas de Programação III. Alguns dos trabalhos poderão resultar em patentes.

Dentro das atividades integradoras do 4º período, os alunos seguiram o modelo do Hackaton para desenvolverem os seus projetos. A professora Jaqueline Carvalho, coordenadora da atividade, reforçou o fato da Computação atender a várias áreas. Dentro deste contexto eles procuraram problemas na Engenharia, na Biomedicina, na Veterinária, em outros grtaduações, e trabalharam juntos com alunos e professores dos demais cursos. “É muito importante esse contato deles [Computação] com um cliente. Isso já vai amadurecendo. Eles trazem o problema, a gente ajuda. É um trabalho em conjunto e em constante avaliação.”

Como exemplificação do que foi realizado, a professora fez referência a um trabalho em que os universitários e professores se uniram para resolver o problema quanto ao tempo das análises da coleta de sêmen de suínos. O professor Marcos Speroni Ceron, do curso de Agronomia, esteve como supervisor desse projeto. Ele explica que o trabalho usa uma metodologia conhecida para identificar animais reprodutores que são sensíveis ao resfriamento. O programa tem como meta acelerar a análise do cálculo a ser feito. “O que hoje leva alguns minutos, com o software a resposta vem em segundos. A gente não tem um animal para selecionar, a gente tem 3 mil, 4 mil animais em uma central de reprodução.”

A segunda apresentação foi dos trabalhos do 6º período da computação. Sob a orientação do professor Maurício Moreira Júnior, os estudantes foram divididos em equipes e, a partir da metodologia Desing Thinking, criaram suas soluções para os problemas sorteados. Os temas envolveram agricultura, finanças, esportes e outros. “A ideia era treinar a criatividade e a inovação. O pessoal trouxe um protótipo para apresentar aqui o problema identificado de determinada área. O Design Thinking auxiliou para entender melhor o problema.”