Evento da Biomedicina aprimora conhecimentos dos acadêmicos
Rosângela Fressato
Mesa-diretora com os representantes da organização do Congresso
Sob o apoio da coordenadora do curso de Biomedicina, professora Regiane Tercetti Rodrigues, os alunos da Liga de Citologia Clínica, da Liga de Análise Ambiental e da Atlética Acadêmica de Biomedicina organizaram, nos dias 20 e 21 de novembro, o 12º Congresso de Biomedicina e 9ª Jornada de Análises Clínicas.
Professora Regiane relata que estes acadêmicos são capacitados e preparados para realizar eventos como este e que o Congresso é de extrema importância para aprimorar o seu conhecimento. Ela explica que o encontro trouxe palestras abordando as áreas da Biomedicina e setores mais atuais que surgiram nos últimos tempos, novas competências que foram liberadas para o profissional biomédico e, principalmente, a área de perícia criminal, que foi amplamente explorado pelo perito criminal Júlio de Carvalho Ponce. “Os alunos gostam bastante da área de toxicologia, por isso a palestra é uma das mais esperadas por todos. E também o tema ‘Circulação extracorpórea: dos fundamentos às aplicações’, pelo membro da Sociedade Brasileira de Perfusão extracorpórea, Daniel Allen Queiroz Rocha. É o que a gente sempre diz: trabalhar atrás dos palcos, dentro da perícia criminal, em laboratórios fazendo análises toxicológicas, desvendando crimes, e também com a perfusão extracorpórea, que a gente sempre comenta, funcionando como o coração de uma pessoa, de um paciente, porque esse é o papel da perfusão extracorpórea, habilitação esta que faz parte das atuações do Biomédico. Por há isso tanta relevância para os alunos”, disse a coordenadora.
Durante sua fala, o perito Júlio de Carvalho explicou que, para realizar com eficácia a análise do local do crime, é necessário uma boa formação tanto nas ciências básicas, quanto nas ciências biológicas e o profissional biomédico acaba tendo esse papel das ciências biológicas, na resolução de crimes. Ele comenta, que em qualquer local analisado, sempre se considera que o contato, tanto da vítima com o local, quanto o agressor com a vítima ou com algum instrumento que tenha causado uma morte, por exemplo, deixará algum tipo de vestígio, seja uma impressão digital, algum vestígio de DNA, fio de cabelo. Esse material coletado no local do crime é enviado para laboratórios e é aí que o profissional biomédico tem maior destaque, principalmente na detecção desses vestígios que podem ser fragmentos de pele, mancha de sangue, uma amostra de sêmem e identificar a origem biológica para comparar com algum suspeito. “O biomédico, tanto no campo quanto no laboratório, desde o início da investigação até a parte mais técnica, mais científica, tem a capacitação total para atuar nesta área”, destaca o perito.
Além das palestras “Perícia criminal: a ciência por trás da resolução de crimes” e “Circulação extracorpórea: dos fundamentos às aplicações”, os presentes assistiram às palestras “Disbiose: alterações da microbiota intestinal e suas repercussões sistêmicas”; “Imunoterapia contra os tumores: uma visão geral e perspectivas” e ainda os workshops teóricos e práticos “Citogenética aplicada a análises clínicas”; “Treinamento em marcação de radiofármacos”. A programação constou ainda de momento científico com apresentação de trabalhos.