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9 de dezembro de 2019

Curso para Certificação MTCNA é ministrado na UNIFENAS


Everton Marques
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Wesley Natanael Gallo, Wardner Maia e a professora Flávia Aparecida Oliveira Santos

Por intermédio do curso de Ciência da Computação da UNIFENAS, no ano passado foi firmada uma parceria com a MDBrasil, empresa que atua no setor de provedores de internet e operadoras de telecomunicações, o que resultou na capacitação de profissionais que atuam no setor de redes. Novamente, no mês de novembro de 2019, ocorreu a segunda edição do curso que recebe o nome de “Implantação e administração de Redes com Mikrotik Router-OS” (Certificação MTCNA).

Wardner Maia, sócio diretor da MDBrasil e presidente da LACNIC, organização não governamental internacional responsável pelo registro de endereços da internet da América Latina e do Caribe, foi um dos responsáveis por ministrar a capacitação. De acordo com a professora Flávia Aparecida Oliveira Santos, coordenadora do curso de Ciência da Computação, “devido ao grande sucesso da primeira edição e à grande procura pelo curso ministrado exclusivamente na UNIFENAS, na região do Sul de Minas, a MDBrasil também ofereceu o módulo MTCRE, (MikroTik Certified Router Engineer). Este curso, que normalmente é ministrado em capitais, confere aos participantes uma certificação bastante exigida no mercado de redes”.

Além da UNIFENAS e da MDBrasil, Wesley Natanael Gallo, ex-professor da UNIFENAS e diretor da Ip3 Tecnologia, é um dos responsáveis por tonar possível a capacitação em Alfenas. Ele destaca que este treinamento dificilmente sai de grandes centros e só foi possível trazê-lo para o interior com o apoio da MDBrasil, pioneira no setor e que tem o Know-hall reconhecido. “O pessoal de redes tem certa dificuldade de encontrar profissionais. Então, a gente percebe que o mercado está aberto, tem demanda. E oferecer este tipo de treinamento pela UNIFENAS é um diferencial relevante.”

De acordo com Wesley, além dos dois módulos já ministrados na UNIFENAS, a certificação Mikrotik completa envolve outros dois. Estes últimos relacionados às questões de segurança e roteamento de borda. Como ressalta, “na verdade, por suas especificidades, eles são menos oferecidos, pois os dois primeiros atendem a mais de 80% da demanda profissional exigida pelo mercado”.

Participaram da capacitação profissionais de TI de diversas cidades da região e que atuam na área de redes e provedores de internet, bem como professores e alunos de computação da UNIFENAS. A professora Flávia complementa ao dizer que o aluno que faz a certificação acrescenta uma formação a mais em seu currículo. “A Universidade doou a capacitação para os alunos: aos que tiveram interesse. Uma capacitação dessa custa em média R$ 1.400,00.”



Sobre a LACNIC



Com sede Uruguai, a LACNIC é responsável por administrar os recursos de numeração da Internet (IPv4 e IPv6). A diretoria é composta por sete membros escolhidos da América Latina e do Caribe. A eleição ocorre entre eles e Wardner Maia está à frente dela há 4 anos e recentemente foi reconduzido ao cargo de presidente por mais 3 anos.

De acordo com Maia, existem 5 organizações como a LACNIC no mundo, as demais representam a América do Norte, a África, a Ásia e a Europa. “Então, os recursos de numeração da Internet, que são internacionais, digamos assim, eles são geridos por estas entidades.”

Para que o leigo possa compreender melhor a importância da LACNIC, Maia explica que cada dispositivo que se conecta à Internet recebe um endereço IP, que é um endereço único no mundo. E a gestão desses recursos, para qual operadora vai, em qual quantidade e para qual entidade, é feita pela LACNIC. “Hoje estamos em uma fase que estão se esgotando os endereços IPv4. Então, existe uma série de políticas que foram definidas para que isso não acontecesse de forma brusca. Porque poderia ter ocorrido esse esgotamento há dez anos.”

O presidente da LACNIC disse ainda que, na verdade, nos anos de 1980 já se falava em esgotamento de IP, mas somente na última década essa preocupação aumentou. Uma das medidas tomadas foi diminuir a quantidade a ser liberada para cada operadora e assim fazer com que o IPv4 durasse mais. Enquanto não se tem a total adoção o IPv6, que deverá resolver o problema do esgotamento. “O Brasil já tem cerca de 30% de adoção do IPv6 nos usuários finais. Então, à medida que cresce este número, a importância do IPv4 vai diminuindo.”