Egressos do curso de Odontologia se reencontram na UNIFENAS
Everton Marques
Odontologia Turma 91/1 com professores e ex-professores e os egressos da Turma 89/1 uniformizados para a confraternização
O curso de Odontologia da UNIFENAS, câmpus de Alfenas, viveu dois momentos especiais com egressos que se reencontraram na Universidade. No dia 14 de novembro, a coordenação do curso recebeu a Turma 91/1, com 25 anos de formados. No dia 16, a Turma 89/1 também visitou a instituição na qual se formou há 27 anos. Foram momentos em que a emoção esteve presente do início ao fim. Familiares e ex-professores ouviram boas recordações de um tempo distante e que se fez presente nas histórias contadas pelos ex-alunos. Eles fizeram e fazem parte da construção do curso de Odontologia, uma vez que os filhos de alguns deles hoje também estudam na UNIFENAS.
A Turma 91/1 contou com presença de professores que não mais estão no quadro de docentes, mas que, assim como eles, se orgulham da contribuição que deram à formação dos cirurgiões-dentistas. Como disseram, os alunos são a razão de ser da Universidade. O ex-professor e na época coordenador do curso, Wilson da Silveira Oliveira, destacou que há momentos na vida que mexem com o coração e que esta visita é um destes dias especiais. Vê-los “felizes e realizados é o mais importante de tudo. E a vida é feita destas realizações”.
Outros ex-professores fizeram uso da palavra e destacaram o sentimento do reencontro e agradeceram as homenagens também prestadas pelos egressos. Na oportunidade, ao lado da coordenadora Arislane Andrade Baldim, o professor Marcelo Soares Bertocco, atual coordenador adjunto e que não deu aula para a turma, destacou que a felicidade em recebê-los é semelhante à nota 5 do recredenciamento institucional, recentemente conquistada pela UNIFENAS e que é a maior nota concedida pelo MEC a uma instituição de ensino superior. Resultado que ele atribuiu também aos ex-alunos. “Ao longo desses anos vocês conseguiram levar o nome da escola [Odontologia UNIFENAS] para onde estão e torná-la cada vez mais conhecida.”
O reencontro fez com que até mesmo os egressos mais tímidos, no período da graduação, fizessem uso do microfone para falar do significado do momento. Fábio Drudi Almeida, um dos ex-alunos que organizaram o encontro, destacou que há cinco anos um grupo menor passou a se reunir anualmente. Por meio das redes sociais, mais colegas começaram a se juntar, até que se tornou possível reunir quase a Turma 91/1 por completa nesta visita à Universidade. “É uma emoção que não tem precedentes. É algo que fica difícil de se descrever em palavras, porque tira até o ar. Acho que nós fomos unidos por Deus mesmo, por encontrar uma turma tão ímpar. Uma turma que se preocupa um com o outro”, afirmou Fábio.
Ele também classificou o ensino oferecido pela UNIFENAS como algo maravilhoso para si mesmo e para os colegas que estão espalhados pelo Brasil. “A dedicação dos professores, da faculdade, [nos deixou] o ensino que ficou para o resto das nossas vidas. Hoje, se somos bons profissionais é porque tivemos grandes mestres que nos orientaram muito bem e vem desse berço de Universidade que possibilitou tudo isso.”
Turma 89/1: lembranças e euforia
Ao contrário do que ocorreu com a Turma 91/1, os professores e ex-professores não tiveram muitas oportunidades para expressar sua alegria em rever os egressos da Turma 89/1. Como a segunda turma de Odontologia a entrar no curso, que teve início em 1988, os ex-alunos contaram histórias, brincaram, fizeram relatos que alegraram a manhã do reencontro.
A Turma evidenciou o orgulho de ter se formado em Odontologia e fazer parte da história da UNIFENAS. Como lembrou a coordenadora Arislane Andrade Baldim, os olhos dos ex-alunos brilhavam. “Eu senti isso! Quando a gente fala que eles fazem parte da história da Universidade e viram nos vídeos como ela mudou, o olhar deles energizou a gente. Da vontade de lutar mais e mais para melhorar sempre.”
Professora Arislane acredita que os egressos são como tijolos que construíram o curso e que são tão importantes quanto à nova geração de recém-formados. Com as visitas, pode-se ver como a UNIFENAS foi relevante não só na formação profissional como também pessoal de cada um deles. Transformou meninos e meninas em homens e mulheres. “Eles constroem a nossa história e a gente os ajuda a construir a deles”, disse.
O casal Daniela Assunção Franco Bernardino e Márcio Chaul Bernardino são exemplos de como a Universidade transformou as suas vidas. Eles se conheceram na instituição, ela aluna de Odontologia e ele de Engenharia Agrícola. Como brincou Daniela, da UNIFENAS levou o diploma e o amor. Márcio acrescentou que Alfenas lhes proporcionou uma família maravilhosa, tanto com colegas de Universidade, quanto no campo pessoal. Para ele, estudar na instituição foi surpreendente: “De coração, o que você imaginar o que foi, só a gente que passou esse momento sabe”.
Sua esposa destacou o fato de que não existia a internet, o que os deixava ainda mais próximos, inclusive dos diretores da instituição e do professor Edson Antônio Velano, fundador da UNIFENAS. “Eles nos receberam como filhos mesmo. Porque éramos muito jovens, em uma faculdade muito jovem. Eles geravam expectativas sobre a gente. Então, é perceber a estrutura bem montada, que fomos o início e que somos diferentes. A gente faz parte do crescimento da Universidade.”
Hoje em Brasília, Zandra Meire de Melo Coelho, nutre uma paixão pelo curso de Odontologia. Para ela a profissão concilia muito mais do que apenas as relações humanas, o compromisso e a excelência com o trabalho. Ela se mostra grata por ter se formado na UNIFENAS. “A Universidade oferecia bolsas e possibilidades para as pessoas que eram alunos de baixa-renda, mas que tinham um bom desempenho. Então, eu fui privilegiada nessa época”, afirmou.
Giovanni Garcia Reis Barbosa, também formado há 27 anos, dividiu a sala de aula com a irmã que viria a falecer após graduada. Apesar da dor familiar, se recorda do tempo de faculdade com carinho. “Ter estudado na UNIFENAS para mim foi tudo em termos de ensino. Fiquei muito feliz e estou muito realizado com a minha profissão.” Relembrar as histórias contadas pelos colegas também o emocionou, assim como ver que a instituição cresceu. “A estrutura da Universidade em si melhorou muito. E isso é benéfico para todos que estão vindo, estão ingressando na UNIFENAS. Com certeza serão excelentes profissionais devido à estrutura, ao corpo docente. Enfim, fico muito emocionado por participar disso aqui [dessa história].”
Mais uma vez as redes sociais contribuíram para que a Turma 89/1 pudesse se reencontrar, segundo Frank Carvalho, ex-aluno e um dos responsáveis pela organização do evento. A Turma, que se formou em 1992, já havia se reunido em outra oportunidade, porém em número menor. Desta vez eles conseguiram se reunir em um número maior e havia grande expectativa. “Todos estavam ansiosos por este reencontro, porque são 27 anos e agora você percebe a felicidades deles em reviver esse tempo que a gente passou na graduação.”