Simpósio de Educação Física propõe aperfeiçoamento no aprendizado
Rosângela Fressato
A palestrante Dra. Alessandra Pupin
O 11º Simpósio de Educação Física e 5º Simpósio da LIES (Liga de Esporte e Saúde), que ocorreu na noite de 30 de agosto, teve como finalidade propor um momento de crescimento e aprimoramento para os acadêmicos.
O coordenador do curso e da Liga, professor Yvan Fernandes Villas Boas, comenta que é importante os acadêmicos ouvirem profissionais de fora do meio em que eles atuam. “A Educação Física é um curso muito prático e, em todas as ações práticas que realizamos, procuramos embasá-las em conteúdos teóricos e, assim, o Simpósio vem atingir este objetivo”.
A palestra de abertura do evento foi sobre “Principais agentes dopantes e suas ações na performance”, com a Professora Dra. Alessandra Cristina Pupin Silvério. Segundo ela, estes dopantes são muito utilizados pelos atletas para melhorar a sua performance com a finalidade de tentar vencer nas competições e têm muitas ações diferentes para atingirem esta melhora.
Durante sua fala, a professora mostrou qual o mecanismo de ação, quais as alterações bioquímicas que tais atletas farão para melhorar a sua performance. “O que o atleta procura é sempre ganhar massa muscular, oxigênio, força e mais metabolismo aeróbico, e, para isso, ele vai usar alguns agentes que vão fazer exatamente estas melhoras. Por exemplo, ele usa estimulante da síntese de hemácias, como a eritropoietina. Já os anabolizantes vão agir a nível de RNA e vão estimular a transcrição, que vai aumentar a síntese de proteínas bem como a massa muscular”.
Professor Yvan comenta que a palestra da Dra. Alessandra veio ao encontro do pedido que o Ministério dos Esportes fez ano passado para que todos os cursos de Educação Física abordem o dopping (os agentes dopantes, a fisiologia desse dopping, os efeitos que ele causa) porque é um problema de saúde coletiva, um assunto que está largamente difundido na sociedade, na mídia. “Então eu acho que o aluno de Educação Física, como promotor da saúde, tem que, no mínimo, conhecer o assunto para defender a prática saudável”.
A segunda palestra da noite foi “Bases avaliativas da Termografia e Eletromiografia: do paciente ao atleta” (Dr. Leonardo César Carvalho). O coordenador comenta que este tema gira em trono de uma análise interna do movimento. Ele esclarece que o corpo, todas as vezes que está em exercício, produz calor e este calor tem que ser distribuído dentro da musculatura que está sendo exigida e dentro de um limite. “Os profissionais de Educação Física começaram a analisar este calor produzido no corpo para verificar até quando o exercício está surtindo efeito, se não há processo inflamatório causado pelo exercício físico e que musculatura realmente está sendo ativada com aquela atividade. Antigamente, a gente passava o exercício, supondo que ele ativava aquela musculatura e, com a eletromiografia, conseguimos determinar, precisar este efeito”.