A egressa e palestrante Ana Lúcia Almeida Novaes: “Para quem deseja atuar nessa área, a dica que dou é ter muito amor pelo que faz, dedicação e vontade de ajudar o próximo”.
O 12º Congresso de Enfermagem da UNIFENAS, câmpus de Alfenas, reuniu acadêmicos, professores e profissionais na Sala Prof. Edson Antônio Velano, no período de 23 a 25 de outubro, para prestigiarem o 12º Congresso de Enfermagem, que este ano trouxe como tema central “Boas práticas de enfermagem no fortalecimento da profissão”.
A egressa da UNIFENAS e enfermeira responsável técnica pela Oncologia da Santa Casa de Alfenas, Ana Lúcia Almeida Novaes, abriu o evento com a palestra “Enfermagem Oncológica”, relatando o papel do enfermeiro na oncologia, o que este profissional vive em seu dia a dia de trabalho, o que ele promove de assistência para o paciente, além de mostrar um pouco da sua experiência profissional.
Ana Lúcia comenta que há diversas funções dentro da oncologia, entre elas a instalação de quimioterápicos, punção de portocath, verificação da prescrição médica e criação de protocolos. Segundo ela, os pacientes oncológicos podem contar agora com a consulta de enfermagem, um procedimento recente que consiste em explicar para o paciente o que é a quimioterapia, de que forma ela vai agir no corpo, seus efeitos colaterais e demais orientações sobre o tratamento. “E ajudamos também nas dúvidas, que são muitas. Essa consulta é muito positiva, pois muitos pacientes tinham vergonha de fazer perguntas para o médico. Com os enfermeiros, eles se sentem mais à vontade”.
Ana Lúcia disse que a oncologia não foi uma área com a qual se identificou desde o início, mas que depois nela se encontrou como enfermeira. “É muito gratificante amenizar a dor alheia, contribuir para uma qualidade de vida melhor. Não me vejo em outra função. Para quem deseja atuar nessa área, a dica que dou é ter muito amor pelo que faz, dedicação e vontade de ajudar o próximo”.
A segunda palestra da noite foi sobre ansiedade, depressão e motivação, com o psicólogo Antônio de Pádua (graduado pela Universidade Rural do Rio de Janeiro). Segundo ele, atualmente as pessoas vivem com muita correria, muito stress, muitas exigências, e os estudantes, muitas vezes, vêm do ensino médico com muita expectativa em relação à universidade, em relação ao curso, e, algumas vezes, essas expectativas podem ser um pouco frustradas, no sentido de que a exigência de um curso de graduação é uma exigência de capacitação profissional, uma exigência que necessita de muita maturidade, competências, habilidades. “Quando o estudante chega a uma universidade e percebe uma demanda de correria, de pressão, de cobrança, isso pode gerar uma frustração, uma angústia, uma crise de ansiedade por achar que não está dando conta ou, talvez muito mais, de não se sentir seguro em relação àquilo que está fazendo. E aí o processo da psicologia envolve o processo da acolhida, de escuta, de reestruturação e de ressignificação de todo esse processo.”
Para saber lidar com os momentos de ansiedade e frustração, o palestrante mostrou algumas formas de obter autocontrole, automotivação e também propôs algumas reflexões. “Uma dica interessante é quando a pessoa passar por uma crise de ansiedade, preocupada com alguma coisa, é pensar se realmente faz sentido aquele sentimento, porque, muitas vezes, a ansiedade cria expectativas fantasiosas. Então, o primeiro passo é questionar se faz sentido”.
Antônio explicou também que o tempo é determinado em três categorias: passado, presente e futuro. “O ansioso vive no futuro, o depressivo no passado, mas o presente é um presente; as histórias, os momentos são construídos hoje e agora; pensar no passado e continuar no futuro é estar fora da realidade”.
O coordenador do curso de Enfermagem, professor Hélder Luiz Ribeiro da Silva, esclarece que o tema “Boas práticas de enfermagem no fortalecimento da profissão” vem ao encontro da proposta de mostrar aos graduandos o quão importante é executarem, realizarem as suas atividades da melhor forma possível para a pessoa que recebe esse cuidado. “Só assim fortaleceremos a nossa profissão em todas as áreas em que atuamos”.
Para ter uma carreira de sucesso, o coordenador deixa algumas mensagens: “em primeiro lugar amor, ao que faz; em segundo, sempre procurar conhecimentos complementares aos da graduação, pois, aquele graduando que se esforça, que estuda, que faz cursos complementares, que trabalha com extensão, com iniciação científica, vai ser muito bem recebido no mercado de trabalho”.
EgressosProfessor Hélder relata que o Congresso foi quase todo executado por egressos e, por isso, o impacto para os alunos foi muito positivo, porque eles viram que os ex-alunos têm sucesso na sua carreira profissional, todos muito bem empregados “e puderam comprovar que, aquela pessoa que se dedica, que vai atrás, que busca aquele ‘up’ a mais, é muito bem-vinda”.
ProgramaçãoO congresso trouxe ainda em sua programação a palestra “Sucesso na carreira de enfermagem: qual o melhor caminho? (Dhieizom Rodrigo de Souza – INCOR); o minicurso: “Enfermagem no transplante de órgãos” - (Dhieizom Rodrigo de Souza – INCOR) e ainda a mesa-redonda “A importância das boas práticas no fortalecimento da profissão”.
