Profissionais do CERIII, juntamente com Luana Deva Mendes e Dra. Doris Ruthi Lewis
Profissionais do SUS que atuam na área de Assistência à Saúde Auditiva da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Hospital Universitário Alzira Velano e região receberam a capacitação “Triagem Auditiva Neonatal” por meio do curso ministrado pela Profa. Dra. Doris Ruthi Lewis, da PUC de São Paulo.
O curso é realizado pelo Centro Mineiro de Reabilitação Auditiva (CEMEAR), com recursos do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde (PRONAS/Ministério da Saúde), em parceira com o Centro Especializado (CERIII) do Hospital Alzira Velano (HUAV) e o Programa de Triagem Auditiva do Hospital. Dividido em quatro módulos, o curso é ministrado em cinco regiões de Minas Gerais, e o Alzira Velano foi contemplado com uma das regiões. Os temas abordados são Zumbindo, Triagem Auditiva Neonatal, Adaptação de AASI em bebês e Reabilitação Auditiva. O primeiro módulo sobre Zumbido foi realizado no primeiro semestre de 2017; este é o segundo módulo. Os demais estão previstos para 2018.
Luana Deva Mendes, fonoaudióloga e coordenadora de projetos do CEMEAR, ressalta que Alfenas foi uma cidade escolhida pela sua expertise e sua competência na saúde auditiva, pelo seu carinho, e eles abraçam a causa. “Agradecemos muito ao Alzira Velano por nos ter aberto as portas. Aqui foi uma das formas também de conseguirmos ‘linkar’ um braço, pois o Alzira Velano atende a 72 municípios para Triagem Auditiva Neonatal, para diagnóstico dessa saúde auditiva. Então a gente vê a necessidade de estar próximo”.
Sanyelle Pinheiro, coordenadora do CERIII e responsável pela Triagem Auditiva do Hospital Universitário, relata que o HUAV possui um programa de Triagem Auditiva há 10 anos e é referência para 26 municípios que encaminham seus pacientes. “A proposta é que a gente consiga fechar um diagnóstico em seis meses, para intervenção precoce. Hoje, o Hospital faz, em média, 200 triagens auditivas por mês entre as crianças que nascem na maternidade do Alzira Velano, na UTI Neonatal e UTI Pediátrica. Quero ressaltar que todo esse trabalho é 100% SUS; nós não atendemos a convênios, nem a particulares”.
Dra. Doris explica que o grande objetivo da capacitação é que os profissionais possam se reciclar e obter novas técnicas e novos procedimentos que estão surgindo. Segundo ela, quanto antes começar um trabalho de reabilitação da criança com a audição alterada, melhor será para o desenvolvimento de linguagem, para a escolaridade, inserção no mercado de trabalho, socialização. “Quando falamos em ‘mais cedo possível’, estamos falando que, em seis, cinco meses de idade, essa criança já estará com o aparelho de audição e com a fonoaudióloga fazendo a terapia”.