Fórum de gestores: “A UNIFENAS de amanhã começa hoje”
Everton Marques
Ao centro, Clóvis de Barros Filho e os gestores da UNIFENAS
Com a visão de que a gestão educacional deve ser compartilhada junto ao seu corpo diretivo, a fim de difundir a política institucional e alinhar os pensamentos e o espírito de liderança, a UNIFENAS (Universidade José do Rosário Vellano) promoveu o 2º Fórum de Gestores. De 1º a 3 de fevereiro, houve no câmpus de Alfenas palestra e minicursos que trataram de conceitos de inovação e aplicabilidade de novas metodologias de ensino, de aspectos jurídicos na área educacional e da necessidade de se desenvolver habilidades cognitivas nos acadêmicos.
Influentes professores e pensadores brasileiros, como Clóvis de Barros Filho, foram responsáveis por compartilhar seus conhecimentos. Em sua opinião, o cenário educacional é desafiador e às vezes imprevisível, o que acaba por exigir que os gestores sejam inovadores. Como? “Antes de mais nada, avaliando criticamente o que se faz e percebendo muitas das inadequações do atual sistema, as necessidades do nosso educando para o mundo em que vive”, afirmou o palestrante e consultor do Espaço Ética.
Como foi exposto no 2º Fórum Gestores da UNIFENAS, o perfil do acadêmico mudou. Hoje ele é mais tecnológico, interativo, tem acesso fácil à informação e deseja ser protagonista do seu aprendizado, segundo Fábio Garcia Reis, diretor de inovação e redes da SEMESP (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior). Para ele, professores que apenas transmitem seu conhecimento devem rever sua atuação em sala de aula e é aí que entra a questão da inovação. “A inovação entendida como processo de melhoria contínua. Eu não acredito muito em um processo de ruptura. Vamos romper, e as nossas instituições amanhã serão diferentes. Não! Num processo de inovação contínuo, pensado, planejado, com muita formação dos professores, para que eles possam entender esse novo momento que estamos vivenciando.”
A experiência do Psicólogo Laênio Loche, fundador da LIVRE-PENSAMENTO, demonstra que habilidades cognitivas, ou seja, a maneira de se adquirir conhecimento, deve ser desenvolvida com o acadêmico. A aprendizagem do conteúdo deve ocorrer a partir de operações como: analisar, avaliar, classificar, comparar, definir, descrever, exemplificar, explicar, interpretar, sintetizar, dentre outras.
Tais habilidades levam ao desenvolvimento do pensamento crítico do estudante. “Ele aprende a operar sobre os conteúdos, aprende a ter maior consciência e autonomia da sua maneira de pensar. E, em um estágio mais avançado, ele passa a ter critérios que vai utilizar para julgar se deve concordar, discordar ou até mesmo, quando é o caso, suspender o juízo”, afirmou o psicólogo.
No evento, diversas reflexões estiveram em evidência, inclusive sobre a sintonia entre gestores e advogados para que se alcance uma gestão de excelência no que se refere a questões jurídicas. “O jurídico precisa das informações e ao mesmo tempo o gestor necessita ser informado de questões prévias. Então, os dois devem trocar informação, participar de curso de atualização eventualmente e acompanhar as novas leis. Isso é muito importante para os dois lados”, destacou Edgar Gáston Jacobs, consultor jurídico.
Com a presença da reitora, professora Maria do Rosário Araújo Velano; a vice-reitora, Dra. Viviane Araújo Velano Cassis; a pró-reitora administrativo-financeira, Dra. Larissa Araújo Velano Dozza; diretores; supervisores e coordenadores de cursos de graduação e pós-graduação da Universidade, o 2º Fórum de Gestores teve por tema central “A UNIFENAS de amanhã começa hoje”. “A UNIFENAS como formadora, como educadora não pode parar. E nós temos que ter um planejamento, pensar o futuro e projetar os nossos sonhos para oferecermos uma condição cada vez melhor ao nosso aluno que vem para a Universidade em busca de uma formação sólida para ao mercado de trabalho”, concluiu o professor Mário Sérgio Oliveira Swerts, pró-reitor acadêmico.