O palestrante Valdemar Augusto Angerami, um dos grandes nomes do evento
Presente em todos os espaços profissionais, ao menos na maioria, a tecnologia esteve em foco no 4º Congresso Interdisciplinar da Saúde. Organizado pela UNIFENAS, em Varginha, o evento contou com palestrantes e profissionais das áreas de Psicologia e Odontologia, que participaram de uma semana de intensa troca de experiências e conhecimento.
Da “Saúde e responsabilidade social e ética” em 2013, “Saúde e contemporaneidade” em 2014 e “Saúde Pública conquistas e desafios” em 2015, foram três anos de congressos que contaram com dezenas de minicursos, mesas-redondas e mais de 400 trabalhos científicos produzidos e apresentados pelos cursos de Odontologia e Psicologia da UNIFENAS, câmpus de Varginha. Em 2016, o evento culminou com a temática “Saúde e Tecnologias”. “A tecnologia faz parte de qualquer área profissional, e na Psicologia isso não é diferente. Temos que nos manter atualizados, entender qual é a demanda do mercado, de que forma podemos usar isso a nosso favor”, disse Flávia Cibelle dos Santos Baptista, aluna do 6º período de Psicologia e membro da comissão organizadora.
Em sua 4ª edição, o Congresso contou com a presença de palestrantes de destaque, que exploraram a questão do avanço tecnológico aplicado à área de saúde. Como destacou a Professora Christiane Pimenta, supervisora do câmpus de Varginha, trata-se de “profissionais que atuam fortemente no mercado de trabalho, trazendo muitas novidades tanto na Odontologia, quanto na Psicologia. Autores de diversos livros. Então, estamos trazendo pessoas de renome para o Congresso Interdisciplinar”.
Estiveram presentes nomes como o do psicólogo Valdemar Augusto Angerami, que transmitiu sua experiência na área da Psicologia Hospitalar relacionada ao câncer e as novas tecnologias. Dentre as muitas indagações deixadas, a dificuldade da humanização no tratamento dos pacientes. “Cada vez mais a gente está envolto à tecnologia hospitalar. Então, você vai em uma UTI, é tanto aparelho, é tanta coisa que o contato humano se perdeu. É preciso resgatar isso, nós perdemos o humano, perdemos o contato, a conversa”, afirma o psicólogo que também é escritor.
No congresso, Valdemar autografou o seu livro “O câncer diante da Psicologia” e transmitiu lições importantes para os acadêmicos. Segundo o professor Rafael Pereira Gomes, coordenador do curso de Psicologia, “foram orientações especificas, no sentido de sempre pautar nossas ações por uma teoria, por uma técnica, por uma conduta quer seja de fato científica, quer seja psicológica. Fugimos aí das compreensões equivocadas a respeito dessa patologia e, sobretudo, algo que ficou muito marcado na fala do professor é a necessidade de novas articulações de políticas públicas, que possam dar humanização e trazer uma dimensão nova do tratamento, seja psicológico, seja médico, ao paciente que tenha o diagnóstico do câncer”.
No campo da Odontologia, o congresso abriu-se com destaque para os desafios em relação à implementação de softwares, como por exemplo, a confecção de próteses, implementação de radiográficas digitais, a implantodontia, e outras inúmeras possibilidades. Um momento que é significativo na formação e qualificação dos profissionais. “Ele é porque ainda não é uma realidade do dia a dia da graduação. Então, a extensão, as atividades extras permitem o contato com essa tecnologia”, enfatizou o professor José Ronaldo Miranda, coordenador do curso de Odontologia.
Na abertura do congresso, no Teatro Mestrinho, alunos, convidados e as autoridades de Varginha acompanharam a apresentação do grupo de dança CIA Urban Gueto. O evento ocorreu também nas duas unidades da UNIFENAS, câmpus de Varginha.
