Dra. Gisele Prado: “Esse perfil envolve a questão da postura, da liderança, da sinergia, saber trabalhar em equipe, saber se envolver com causas sociais etc.”
Com o tema “Desafios e perspectivas da agronomia”, ocorreu, de 20 a 22 de setembro, em parceria com o SEBRAE, a 14ª Jornada Agronômica, do curso de Agronomia.
A primeira palestra do encontro foi “Gestão de negócio agrícola: os desafios do profissional das ciências agrárias”, proferida pelo Professor Dr. Marcos Ramos de Oliveira, consultor do SEBRAE. Segundo ele, os maiores desafios encontrados pelos profissionais após formados são a gestão da empresa, a tomada de decisões, “isto é, atitudes que eles devem tomar para que tornem a atividade agrícola cada dia mais viável”.
Professora Dra. Gisele Prado Brigante abordou o tema “Perfil profissional do engenheiro agrônomo e mercado de trabalho”. Por perfil profissional, ela se refere a um comportamento, a um perfil que transcende a questão do conhecimento tecnológico e científico. “Esse perfil envolve a questão da postura, da liderança, da sinergia, saber trabalhar em equipe, saber se envolver com causas sociais etc.”
A palestrante destaca que as universidades se preocupam muito com a parte tecnológica, com a parte científica, esquecendo-se um pouco da parte comportamental. “Mas essa parte comportamental é decisória para o êxito, para o sucesso da empregabilidade na área da engenharia agronômica”.
De acordo com a organização da Jornada, o tema “Desafios e perspectivas da agronomia” veio ao encontro dos anseios dos alunos, sobretudo os formandos, que, devido à crise econômica a qual o Brasil atravessa, temem a área agrária possa ser afetada também. “Então, eles queriam saber como estão esses desafios e o que há de perspectivas para o futuro do engenheiro agrônomo. Vimos algumas culturas que estão surgindo de grande valor econômico, acabamos de ver a cultura do grão-de-bico; ouvimos sobre a pitaia e outras novidades para a agronomia”.
Evento importante
Os acadêmicos de Agronomia aprovam a Jornada Agronômica como mais uma fonte de aprimoramento de aprendizagem. Para Ana Paula Pereira Nunes, do 8º período, a Jornada é um evento muito importante, principalmente para quem está se formando, “porque ela dá uma visão geral do que está ocorrendo nessa área. A palestra que mais me agregou valor foi a primeira (Gestão de negócio agrícola: os desafios do profissional das ciências agrárias), pois o palestrante destacou bastante sobre o que nós, do 8º período, vamos sentir depois de formados, que é a insegurança, o medo, o que fazer de agora em diante. É um evento bastante produtivo”. O aluno Viníceos Vilela Oliveira observa que participar destas Jornadas é uma oportunidade ímpar, “pois são palestras muito enriquecedoras para nossa formação”.
EstímuloO palestrante Professor Dr. Cândido Alves da Costa, professor titular de Ciências Agrárias da UFMG, campus de Montes Claros, enfatiza que um evento como a Jornada Agronômica é relevante para estimular os futuros profissionais e para eles darem mais valor à área da agronomia. “O Brasil é um país extremamente agrícola e por isso há muita coisa ainda a ser explorada, muitas culturas que podem ser cultivadas; há grande demanda por alimentos no mundo e esse papel está nas mãos dos agrônomos. Por isso é importante que saiam da instituição sabendo dessa importante função que têm”.
Os demais temas abordados na Jornada foram “Liderança Feminina: um novo olhar sobre o campo: empreender faz a diferença” (Professora Dra. Marisa Helena Contreras); “Pitaia: alternativa para fruticultura mineira” (Professor Dr. José Darlan Ramos); “Produção de flores: um segmento a explorar” (Professor Rodrigo Sérgio da Silva); e “Cultura do grão-de-bico: importância e potencialidade na olericultura” (Professor Dr. Cândido Alves da Costa).