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Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS
  
NUTRIÇÃO
   
A INGESTÃO DE GELATINA RETARDA O CRESCIMENTO E ALTERA O METABOLISMO DE COLESTEROL DE RATOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS.

Coelho, Dulcimara Aparecida1; Portugal, Luciana Ribeiro2; Alvares-Leite, Jaqueline3; Oliveira, Dirce Ribeiro4.

Apesar de ser uma proteína de origem animal, a gelatina apresenta uma composição de aminoácidos incomum às demais proteínas, pois contém cerca de 30% de prolina e hidroxipolina e ausência de triptofano, sendo por isso caracterizada como proteína de baixo valor biológico. Com o presente trabalho, objetivou-se avaliar o efeito da ingestão de gelatina sozinha ou misturada à uma quantidade suficiente de proteína de alto valor biológico no crescimento e metabolismo de colesterol de ratos Wistar recém-desmamados. Três grupos de 6 animais cada receberam dieta rica em gordura saturada e colesterol, contendo 20% de gelatina (controle), 15% de caseína + 5% DE GELATINA (Cas/Gel) ou 20 % de gelatina (Gel) durante 4 semanas. Peso corporal e consumo alimentar foram monitorados semanalmente. No final do experimento, foram retiradas amostras de sangue para determinação dos níveis de proteínas totais, albumina, colesterol total e lipoproteínas. No fígado foram dosados os lípides totais e o colesterol total. Embora todos os grupos tenham consumido a mesma quantidade de dieta, os animais que receberam gelatina como única fonte de proteína tiveram menor peso corporal e níveis de proteínas totais séricas significativamente reduzidos, em relação aos outros grupos experimentais. Os níveis séricos de albumina e o peso relativo do fígado não foram alterados com as diferentes fontes de proteínas. Da mesma forma, os níveis hepáticos de lípides totais e colesterol total foram semelhantes para os três grupos. Nos animais que receberam gelatina na dieta os níveis séricos de colesterol total tenderam a ser mais baixos e todas as lipoproteínas circulantes tiveram uma redução significativa, quando comparados com os animais do grupo controle. Os resultados do presente estudo confirmam que a gelatina não pode ser oferecida como única fonte de proteína na dieta, prejudicando o estado nutricional de ratos hipercolesterolêmicos. A ingestão de gelatina é aparentemente benéfica para o tratamento da hipercolesterolemia, porém a redução dos níveis de colesterol transportado em HDL pode ser um fator agravante para a aterosclerose dos animais em estudo.

Palavras-chaves: 1) Gelatina 2) Retardo do crescimento 3) Lipoproteínas.

1 Acadêmica do curso de Nutrição - 3°Período - EFOA
2 Colaboradora - Departamento de Bioquímica e Imunologia - ICB - UFMG
3 Colaboradora - Departamento de Bioquímica e Imunologia - ICB - UFMG
4 Orientadora - Departamento de Bioquímica e Imunologia - ICB - UFMG
   
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