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SOARES, Evelise Aline; Orientador(a) PIRES, Leila Braga; Discente do curso de Medicina- Alfenas BORTOLI, Angelo Tadayochi Hanai; Discente do curso de Medicina- Alfenas FERNANDES, Geraldo José Medeiros; Orientador(a) BUENO, Cris Marques; Discente do curso de Medicina- Alfenas |
Introdução: A artéria lusória é um achado anatômico decorrente de uma anomalia da artéria subclávia direita que nasce no arco aórtico, a artéria lusória quando não segue sua trajetória normal pode comprimir a traquéia e o esôfago, originando sinais e sintomas clínicos. Objetivos: Pesquisar a existência da artéria lusória, descrevê-la anatomicamente em 40 cadáveres do sexo masculino. Material e métodos: O presente estudo foi realizado Centro Anatômico da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) através dissecação torácica de 40 cadáveres adultos do sexo masculino. Resultados e discussão: Apenas um cadáver apresentou anômala artéria lusória dentre os 40 cadáveres. Discussão: A incidência dessa anomalia é de cerca de 0,5% a 1,8% e cerca de um terço das pessoas com essa anomalia apresentam sintomas. A anomalia do trajeto é decorrente de um erro na embriogênese, onde é formado um duplo sistema aótico sendo necessária a obliteração de vários componentes deste sistema para formar a anatomia vascular normal. No caso específico da artéria subclávia direita anômala, também conhecida por artéria lusória, se implante numa involução inadequada do quarto arco aórtico vascular direito e da aorta dorsal direita, dessa maneira a sétima artéria intersegmental direita permanece aderida a aorta descendente e posteriormente formará a artéria aberrante. Essa anomalia anatômica geralmente não cursa sintomas, no entanto, alguns pacientes podem apresentar disfagia mecânica decorrente da compressão extrínseca do esôfago. Quando presentes os sintomas são de curta duração, associada à regurgitação por dificuldade em deglutir alimentos sólidos. Em crianças a compressão traqueal pode ocorrer e originar sintomas devidos a rigidez traqueal. A prevalência da artéria lusória é particularmente elevada em crianças com Síndrome de Down e cardiopatias congênitas. A presença da disfagia lusória em idosos não é incomum devido à diminuição da flexibilidade do próprio esôfago associada com o envelhecimento e a compressão de esôfago causada pela dilatação aneurismática progressiva da artéria aberrante, ou aterosclerose. Com o aumento do arco aórtico pode ocorrer à diminuição do aporte sanguíneo devido à diminuição da luz da artéria, podendo levar até a ruptura do vaso por aumento da tensão nas paredes das artérias. Conclusão: Conclui-se que a artéria lusória é um achado incomum, porém de grande importância na investigação clinica, pois sua existência pode acarretar sinais e sintomas de disfagia. |
Palavras Chaves: 1) artéria lusória 2) cadáveres 3) arco aórtico |
Fonte Financiadora: UNIFENAS |