UNIFENAS
- Gestão de Pesquisa e Pós-graduação
Comitê de Acompanhamento de Bolsistas Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS |
ZOOTECNIA
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AVALIAÇÃO
DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E DO CONSUMO DE SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA DE
FRUTAS
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Lousada Junior1, José Edilton; Neiva2, José Neuman Miranda; Soares3, Leonardo; Banys4, Vera Lúcia; Pereira4, Rosana Cristina. A região Nordeste tem passando por um processo de profissionalização intenso da Fruticultura visando elevadas produções e maior qualidade dos frutos. Com isso, o número de agroindústrias tem aumentado gerando maior produção de resíduos que podem ser aproveitados como alternativa para a redução dos custos de produção. Porém, a maioria desses resíduos não foi estudada quanto à sua utilização na alimentação animal. Objetivou-se estudar o valor nutritivo dos resíduos da agroindústria processadora de frutas, para a alimentação animal no Núcleo de Pesquisas em Forragicultura do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza - CE. Foram estudados resíduos da extração de sucos e polpas (abacaxi, acerola, goiaba, maracujá e melão) desidratados até 13 e 16 % de umidade. Utilizaram-se 20 ovinos SRD, machos, castrados, deslanados, com idade entre 9 e 11 meses e peso médio de 34,5 ± 2,57 kg em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os animais foram mantidos em gaiolas de metabolismo individuais com coletores de fezes e cochos para água, mistura mineralizada e alimento. O ensaio durou 21 dias, sendo 14 dias de adaptação e 7 dias de coleta. As dietas foram constituídas exclusivamente dos resíduos das frutas fornecidos "ad libitum", com sobra entre 10 e 15 %. As amostras do alimento fornecido e das sobras foram coletadas diariamente e as fezes pesadas duas vezes ao dia. Os teores de matéria seca foram determinados no Laboratório de Nutrição Animal do DZO - UFC. Foram avaliados o consumo de matéria seca (CMS) em g/animal/dia, % PV e g/UTM (PV0,75) e suas médias comparadas utilizando-se o teste SNK ao nível de 5% de probabilidade pelo programa SAS. A composição químico-bromatológica, dos resíduos foi: abacaxi - 84,7 % MS; 8,4 % PB: 1,2 % EE; 30,7 % FDA; 71,4 % FDN e; 6,8 % cinzas; acerola - 85,1 % MS; 10,5 % PB; 3,2 % EE; 54,7 % FDA; 71,9 % FDN e; 2,7 % cinzas; goiaba - 87,0 % MS; 8,5 % PB; 6,0 % EE; 54,6 % FDA; 73,5 % FDN e; 3,4 % cinzas; maracujá - 83,3% MS; 12,4 % PB; 1,0 % EE; 49,0 % FDA; 59,2 % FDN e; 9,8 % cinzas e; melão - 84,6 % MS; 17,3 % PB; 3,3 % EE; 49,2 % FDA; 59,1 % FDN e; 14,6 % cinzas. O consumo de matéria seca, em g/animal/dia foi de 924,2b; 500,2c; 1527,4a; 1200,9ab e; 1157,5ab para os resíduos de abacaxi, acerola, goiaba, maracujá e melão, respectivamente. Em %PV, o consumo de matéria seca dos resíduos, respectivamente, foi: 2,7b; 1,4c; 4,4a; 3,5ab e; 3,4ab. E em g/UTM o consumo de matéria seca foi: 64,9b; 34,2c; 106,8a; 84,0ab e; 83,3ab. O CMS do resíduo de goiaba (4,4 %PV) foi superior (P < 0,05) ao consumo de matéria seca sugerido pelo NRC para ovinos de 30 kg, que é de 4,3 %PV. O CMS, em g/UTM, dos resíduos de goiaba (106,8 g/UTM), maracujá (84,0 g/UTM) e melão (83,3 g/UTM) foram superiores (P < 0,05) ao valor padrão (feno de alfafa), que é de 80 g/UTM. Pode-se concluir que os resíduos das frutas estudadas, exceto o de acerola, podem ser utilizados na alimentação animal, pois apresentaram CMS semelhantes a volumosos de boa qualidade. Palavras-chaves: 1) Ovinos 2) Resíduos 3) Polpas 4) Sucos. 1 Aluno de Mestrado (UFC), bolsista da FUNCAP, e-mail: edilton.jr@bol.com.br; 2 Professor da Universidade Federal do Ceará, e-mail: zeneuman@ufc.br; 3 Aluno do 7º período do Curso de Zootecnia - UNIFENAS, Alfenas, MG Bolsista do PROBIC/UNIFENAS; 5 Professora do Instituto de Ciências Agrárias - UNIFENAS, Alfenas, MG Fonte Financiadora: FUNCAP/PROCAD e Banco do Nordeste |
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