I SEMIC - Seminário de Iniciação Científica da Unifenas

Esposito, Anderson V.¹; Grillo, Fábio Rodrigo¹, Silva, José Maurício S. F.²

Macromoléculas apresentam relevante plasticidade nas relações de estrutura e função em situações fisiológicas. Em condições experimentais extremas, entretanto, esta plasticidade experimenta variações inusitadas. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar a cinética enzimática de tripsina em pH extremo na presença de um inibidor clássico de quimotripsina, o qual é conhecido não modificar a cinética de tripsina em pH fisiológico. Os experimentos foram conduzidos com éster de a-CBZ-L-Lys-p-nitrofenila como substrato, adicionado a uma solução tampão de citrato de potássio 50 mM pH 3,00. Alíquotas de b-tripsina bovina Sigma (7 umols) e concentrações variadas de tosil-fenil-clorocetona (TPCK) foram pré-incubadas por 5 min antes dos ensaios cinéticos. As reações foram monitoradas espectrofotometricamente em 340 nm por 15 min em temperatura ambiente. A análise estatística dos dados foi conduzida por ajustes não-lineares de equações de Michaelis-Mentem aos dados obtidos. A discriminação dos modelos cinéticos foi realizada através de transformação dos dados (gráfico de Lineweaver-Burk) e teste-F de Snedecor. Os resultados revelaram um comportamento cinético anômalo para a tripsina, qual seja, um padrão de ativação parabólica de TPCK sobre tripsina em pH 3,00. Os parâmetros de Michaelis-Mentem encontrados foram Km = 28±16 uM e kcat = 0,26±0,05 s-1. Em síntese este trabalho identificou um comportamento incomum de macromoléculas submetidas a condições experimentais extremas em reações cinéticas catalisadas.

Palavras-chave: 1) Tripsina 2) Ativação 3) Cinética

¹ Acadêmico do curso de Medicina - 3º Período - UNIFENAS, Alfenas, MG
² Orientador - Faculdade de Medicina, Enfermagem, Agronomia e Zootecnia - UNIFENAS, Alfenas, MG

Fonte Financiadora: CNPq e UNIFENAS