I SEMIC - Seminário de Iniciação Científica da Unifenas

Almeida, Gustavo Rennó Reis¹ ; Campos, José Carlos de².

Os desmatamentos na região central do sul de minas, foram intensos no passado, deixando muitas espécies nativas extintas ou em via de extinção. Com o aumento da cafeicultura nesta região, seu cenário foi modificado de áreas com matas nativas para lavouras de café. A manutenção da cobertura vegetal, de acordo com a legislação ambiental, é uma preocupação de toda a comunidade, bem como dos técnicos do setor de meio ambiente dos órgãos governamentais. No sul de minas pouco se sabe sobre o comportamento de espécies florestais de grande valor econômico e intensamente explorado no passado, principalmente aqueles de uso intenso na indústria moveleira. O objetivo desta pesquisa foi o levantamento e análise da ocorrência natural das espécies; maçaranduba (Persea pyrifolia), jatobá ( Hymenea coubaril ) e canjerana ( Cabralea canjerana ), em matas nativas localizadas nos municípios de Varginha, Eloi Mendes e Três Pontas no sul de Minas Gerais. A escolha das espécies florestais se baseou na importância econômica e ocorrência natural na região pesquisada. Segundo Lorenzi (1992), a maçaranduba é uma árvore de ocorrência dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente nas formações de altitude, sua madeira é própria para construção civil, confecção de móveis, revestimentos internos etc, indicada para o plantio de área degradada, pois seus frutos atrai várias espécies de pássaros. Já o jatobá abrange uma maior área, que vai do Piauí até o norte do Paraná na floresta semidecídua, sua madeira é empregada na construção civil, acabamentos internos, para confecção de móveis, artigos de esportes, cabos de ferramentas etc. Os frutos possui uma farinha muito nutritiva apreciada pelos homens e animais. A canjerana se encontra nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, além de ser empregada com sucesso no paisagismo, sua inclusão em área de reflorestamento é indispensável devido ao seu fruto apreciado por pássaros, sua madeira é indicado na construção civil, indústrias moveleira, obras de esculturas etc. Na área da pesquisa sorteou-se 13 matas nativas representativas na região, estabelecendo em cada mata, uma parcela de 10 x 50m (500m²), marcadas aleatoriamente no mapa e localizada no campo através de sistema GPS com maior comprimento no sentido norte- sul. Em cada unidade amostral identificou as espécies florestais em estudo, medindo-se o valor de DAP ( diâmetro da altura do peito). De posse das informações de campo, calculou-se a densidade de cada espécie, bem como o valor médio do diâmetro. De acordo com as informações obtidas e os valores analisados verificou-se que a espécie jatobá apresentou uma densidade média de 1,53 árvores/hectare e valor médio de DAP= 47,7 cm. A canjerana apresentou densidade média de 1,53 árvores/hectare e diâmetro médio de DAP= 8,90 cm. A maçaranduba apresentou 2,3 árvores/hectare e valor médio de DAP= 11,30cm. De acordo com Lorenzi (1992), o jatobá as espécies analisadas ocorrem naturalmente na área da pesquisa, atinge valores de diâmetros de até 100 cm. A canjerana seu diâmetro varia entre 70 a 120 cm; e o diâmetro da maçaranduba é de 40 a 60 cm. Assim sendo, as espécies analisadas ocorrem com baixa freqüência e ainda são espécies relativamente jovens, devido ao pequeno valor médio de diâmetro. Conclui-se que devido a baixa densidade destas espécies evidência a necessidade de ultiliza-los em programas de recomposição florestal para que não seja extintas nas matas da região.

Palavras-chaves: 1) Florestal 2) Microregião 3) Maçaranduba 4) Jatobá 5) Canjerana

¹ Acadêmico do curso de Agronomia - 6º Período - UNIFENAS, Alfenas, MG
² Professor do curso de Agronomia - UNIFENAS, Alfenas, MG