EFEITOS DOS EXTRATOS BRUTOS DE Pimpinella anisum E Foeniculum vulgare SOBRE O CORAÇÃO ISOLADO DE RATO .* |
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE RELAXANTE DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS EM CORPO CAVERNOSO ISOLADO DE COELHO.* |
Estudo pré-clínico da atividade hipocolesterolêmica e toxicidade em fase de tratamento sub-crônico do extrato hidroalcoólico de Solanum melongena (berinjela). (Parte 2)* |
ESTABILIDADE DO PROPRANOLOL NA FORMA FARMACÊUTICA COMPRIMIDO* |
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE Pimpinella anisum L. e Foeniculum vulgare Mill.* |
EFEITOS DOS EXTRATOS BRUTOS DE Pimpinella anisum E Foeniculum vulgare SOBRE O CORAÇÃO ISOLADO DE RATO .
Gonçalves, José Eduardo; Gazola, Ruth.
Devido à grande diversidade da flora brasileira, são inúmeras as plantas utilizadas popularmente no tratamento de doenças. As espécies vegetais Pimpinella anisum (anis) e Foeniculum vulgare (funcho), têm sido empregadas dado as suas propriedades como carminativo, tônico estomacal, expectorante e cardiotônico. A presente pesquisa teve como objetivo verificar as ações dos extratos brutos de frutos de Pimpinella anisum e Foeniculum vulgare sobre o inotropismo e cronotropismo em coração isolado de rato.
Foram confeccionados extratos hidroalcoólicos com os frutos das espécies P. anisum e F. vulgare. A triagem fitoquímica evidenciou a presença de heterosídeos flavonóides, glicosídeos, alcalóides e óleo essencial. A verificação da atividade dos extratos sobre o coração isolado foi feita em ratos machos (Ratus novergicus, n=12) utilizando o método de Langendorff. Os extratos foram empregados nas doses de 50 mg, 100 mg, 150 mg e 200 mg para a P. anisum e 100 mg, 200 mg, 300 mg e 400 mg para o F. vulgare. Os registros da freqüência cardíaca (FC), obtidos por um eletrocardiógrafo, foram expressos em batimentos por minuto e os da força de contração (F), com um fisiógrafo, em gramas. Os registros foram obtidos nos tempos 0 (controle), 15, 60, 180 e 300 s após a aplicação dos extratos..Aos 300 s, com o extrato de P. anisum, obteve-se – dose 50: FC=243,6± 51,66 e F=5,7± 0,60 (controle FC=264,5± 13,58 ; F=6,1± 0,64) – dose 100: FC=252,7± 21,54 e F=5,3± 0,81 (controle FC=258,5± 15,95 ; F=6,3± 0,49) – dose 150: FC=222,4± 20,95 e F=5,7± 0,37 (controle FC=214,9± 11,81 e F=6,6± 0,47) – dose 200: FC=202,5± 22,37 e F=5,9± 0,78 (controle FC=213,7± 13,58 e F=6,1± 0,54). Após a administração do extrato de F. vulgare obteve-se – dose 100: FC=263,9± 18,96 e F=5,86± 0,36 (controle FC=257,5± 14,49 e F=5,3± 0,49) – dose 200: FC=255,1± 16,03 e F=6,2± 0,39 (controle FC=258,3± 15,37 e F=5,8± 0,47) - dose 300: FC=235,7± 9,22 e F=5,8± 0,34 (controle FC=244,1± 14,22 e F=5,9± 0,42) – dose 400: FC=215,0± 5,62 e F=5,0± 0,76 (controle FC=224,8± 10,56 e F=5,2± 0,40). Os resultados do cronotropismo e do inotropismo obtidos com os extratos das duas plantas não diferiram significativamente (pÐ 0,05), quando comparadas as várias doses com os seus respectivos controles. Concluiu-se que a administração dos extratos hidroalcoólicos de frutos de Pimpinella anisum e Foeniculum vulgare não promoveu modificações significativas no inotropismo e no cronotropismo em coração isolado de rato, em nenhuma das doses empregadas.
Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas. PIBIC-CNPq
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE RELAXANTE DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS EM CORPO CAVERNOSO ISOLADO DE COELHO.
Furtado, Zaquia Abrão 1; Bento, Antônio Carlos2.
A ereção peniana é predominantemente mediada pelo sistema nervoso autônomo parassimpático. Porém, existem atualmente fortes evidências do envolvimento de mediadores não adrenérgicos- não colinérgicos (NANC) no processo da ereção peniana representado essencialmente pelo fator de relaxamento derivado do endotélio (EDRF), quimicamente identificado como óxido nítrico. Recentemente, demonstramos que os extratos hidroalcoólicos de Cissus sicyoides L e da raiz de Cecropia peutata (Umbaúba; 10-30 ?l) causam relaxamento de corpo cavernoso de coelhos através da liberação de óxido nítrico. Adicionalmente, demostramos que o veneno de Tityus serrulatus causa relaxamento de corpo cavernoso de coelhos através da liberação de óxido nítrico de origem neuronal (British J. of Pharmacol.: 123, 435-442, 1998.). Este trabalho pretende identificar a atividade relaxante sobre corpo cavernoso isolado de coelho em estratos de várias plantas medicinais brasileiras e caracterizar este relaxamento, investigando o efeito do L-NAME, inibidor, e NO-sintases, nesta preparação.Os coelhos machos (2-3 Kg), albinos (New Zealand) foram anestesiados com tiopental sódico (40 mg/Kg, i.v.) e exsangüinados via artéria carótida. Os corpos cavernoso (RCC) foram removidos, montados em cascata e superfundidos com solução de Tyrode aerado com O2, a um fluxo constante de 5ml/min. Os tecidos foram ligados a um transdutor isotônico e as respostas registradas em um polígrafo Unirecord 7050, Ugo Basile. Os extratos hidroalcoólicos de Alecrim e Erva cidreira apresentaram atividade relaxante sobre RbCC (n=4) a qual foi bloqueada pelo L-NAME (10 uM), bloqueio pela L-Arginina (300 uM). Estes resultados indicam que a atividade relaxante do extrato da folha de Erva cidreira e do Alecrim é NO dependente. Trabalho de iniciação científica.
1 Iniciação Científica, Bolsista PIBIC/CNPq
2 Orientador, professor da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas – EFOA
Instituição:
Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas - EFOA
Especialidade:
Estudo pré-clínico da atividade hipocolesterolêmica e toxicidade em fase de tratamento sub-crônico do extrato hidroalcoólico de Solanum melongena (berinjela). (Parte 2)
Cintra, D.E.C. 1; Carvalho, José Carlos Tavares 2; Caputo, L.R.G. 3; Vieira, W.A. 4
Diversos estudos foram realizados com intuíto de demonstrar a atividade hipocolesterolêmica da espécie vegetal S. melongena utilizando dietas indutoras de hiperlipidemia. Entretanto, parâmetros toxicológicos não tÊm sido avaliados. A partir destes fatos, este trabalho teve como objetivo estudar a toxicidade do extrato hidroalcoólico de berinjela (EHAB) em fase de tratamento sub-crônico, e avaliar a atividade hipolipidemica em ratos. Material e métodos: O EHAB foi administrado na dose de 3,5g/kg (v.o) durante trinta dias em ratos Wistar (n=10), e os seguintes parâmetros foram observados: ingestão de água, consumo de ração, diurese, desenvolvimento ponderal, análise hemato-bioquímica e histopatologia. Para indução da hiperlipidemia foi utilizado triton na dose de 100mg/kg (i.p), sendo que os animais foram tratados com o EHAB (3,5g/kg, n=10) trinta minutos antes, e 18 hs após a administração foram dosados: Colesterol total, HDL, LDL e triglicérides. Resultados: No estudo da toxicidade os animais tratados com EHAB não apresentaram diferenças significativas em termos da diurese, consumo de ração, água, desenvolvimento ponderal e parâmetros hematológicos. Entretanto, nos parâmetros bioquímicos sanguíneos o tratamento por 30 dias produziu 50% de redução da fração LDL (p < 0.05, teste "t" de Student), e 10% da taxa de triglicérides, respectivamente. No ensaio de hiperlipidemia o tratamento com EHAB trinta minutos antes) diminuiu em 40% a fração LDL (p < 0.05, teste "t" de Student), e aumentou em 11% a fração HDL, enquanto que triglicérides não foi alterado. Na análise histopatológica foi observado 100% de necrose focal de hepatócitos. A partir destes resultados, pode-se sugerir que o EHAB demonstrou-se eficaz no modelo pré-clínico testado, entretanto o tratamento sub-crônico na dose utilizada, apresentou grande potencial hepatotóxico.
Instituição:
Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Afiliação: Apoio financeiro: Pró-reitoria de Pesquisa UNIFENAS).
Especialidade: PRODUTOS NATURAIS
ESTABILIDADE DO PROPRANOLOL NA FORMA FARMACÊUTICA COMPRIMIDO
Pasqua, C. M. T 1; Araújo, M. B.2.
O cloridrato de propranolol é fármaco da classe dos b -bloqueadores que além de atuar como antiarrítmico exerce, também, atividade antianginosa e anti-hipertensiva. A eficácia dos b -bloqueadores na angina de esforço deve-se à sua capacidade de diminuir a freqüência cardíaca, a contratilidade miocárdica e a pressão arterial. A eficiência e segurança de uma preparação farmacêutica dependem de vários fatores, que conjugados entre si conduzem ao bom desempenho e boa aceitação por parte do consumidor. A estabilidade de um produto farmacêutico é fator relevante e crítico, principalmente em países de clima variado, sendo marcante a influência dos excipientes. O objetivo dessa pesquisa é estudar a estabilidade do propranolol na forma farmacêutica comprimido produzido pelo Laboratório Industrial Farmacêutico da EFOA (LIFE), sob diferentes condições de armazenamento. A avaliação da estabilidade do princípio ativo e de seus possíveis produtos de degradação envolveram métodos analíticos que foram selecionados e posteriormente aplicados à forma farmacêutica comprimido. É descrito o método de espectrofotometria na região do ultravioleta para determinação do cloridrato de propranolol na forma farmacêutica comprimido. O método não elimina a interferência dos excipientes da formulação, sendo necessário a separação prévia do propranolol por filtração. A leitura das absorvâncias foram efetuadas a 290 nm. O estudo envolve estabilidade acelerada, em estufa a 90°C por 5 (cinco) dias consecutivos; em estufa a 50°C por 3 (três) meses; e em prateleira, à temperatura ambiente por 6 (seis) meses. Os resultados apresentados demonstram correlação linear com coeficiente de correlação r=0,9999. Nos estudos de estabilidade acelerada a precisão foi de 99,47%, e a média de recuperação de 100,05%. Estudos cinéticos de degradação, em estufa à 90°C por 5 (cinco) dias consecutivos foram realizados comparando-se o padrão de cloridrato de propranolol com a forma farmacêutica armazenada em blister. Os resultados demonstram não haver produtos de degradação da forma farmacêutica comprimido. Os estudos prosseguem com as amostras expostas ao teste de prateleira e com os excipientes da formulação, avaliando interferências das condições ambientais, drásticas ou não. As análise estatísticas dos resultados serão efetuadas confirmando o objetivo proposto.
1 IniciaçãoCientífica, EFOA
2 Orientadora, - EFOA
Instituição: escola de farmácia e odontologia de alfenas (efoa)
Afiliação: PIBIC/ CNPQ
Especialidade: 4.03.04.00 - 0 - Análise e Controle de Medicamentos.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE Pimpinella anisum L. e Foeniculum vulgare Mill.
Urias, Tatiane de Souza1;Silva Luiz Marcelo da2; Silva, Geraldo Alves da3
As espécies medicinais em estudo são plantas da família das Umbelíferas, sendo que a Pimpinella anisum L. (anis ou erva-doce) e a Foeniculum vulgare Mill (funcho) apresentam o mesmo tipo de droga e atividades farmacológicas, atuando como carminativas, antiespasmódicas, tônicas, galactagogas, expectorantes, emenagogas, estomáquicas, estimulantes e aromáticas. Embora semelhantes nessas propriedades, a análise microscópica permite diferenciá-las, sendo que a P. anisum, possui folhas inferiores arredondadas, franjadas e a coloração verde-escuro, frutos ligeiramente arredondados (ovóide pubescente) de coloração cinza-esverdeado e flores brancas reunidas em inflorescência tipo umbela. A F. vulgare possui folhas excessivamente recortadas, coloração verde-amarelada, frutos ovalados e flores de coloração amarelo intenso. Ambas as drogas possuem como constituinte químico o óleo essencial, contendo principalmente o anetol. As duas plantas são muito utilizadas pela população e na manipulação de fitoterápicos e fitocosméticos, sendo que o principal problema está relacionado com a troca dessas drogas para a obtenção de produtos fitoterápicos intermediários, como extratos e tinturas, que não apresentam caracterizações suficientes para diferenciá-las, além das análises microscópicas e macroscópicas. O presente estudo tem por objetivo caracterizar essas duas drogas através da análise físico-química dos extratos e óleos essenciais obtidos dessas drogas. O material de estudo foi composto pelos extratos fluidos e óleos essenciais obtidos dos frutos da P. anisum e F. vulgare adquiridos no comércio. As análises físico-químicas, entre elas, as determinações de pH, densidade, viscosidade, perda por dessecação, cinzas totais foram realizadas segundo os métodos descritos pela Farmacopéia Brasileira. Com base na metodologia desenvolvida, obteve-se os seguintes valores referentes à análise físico-química da P. anisum: pH 6,45; densidade 0,94g/ml; viscosidade 4,18 cP; perda por dessecação 81,6%; cinzas totais 3,52%; cinzas insolúveis em ácido 0,11% e da F. vulgare: pH 6,47; densidade 0,96g/ml; viscosidade 4,31cP; perda por dessecação 89,3%; cinzas totais 3,64%; cinzas insolúveis em ácido 0,13%. Com os dados até o momento adquiridos, pode-se observar através da análise físico-química uma diferença não significativa entre as duas plantas. Porém torna-se indiscutível a importância desse estudo que associado a novas determinações, auxiliarão na identificação das vantagens ou desvantagens da troca intencional ou não, entre os frutos de P.anisum e de F. vulgare, frequentemente ocorrida no comércio ou mesmo na cultura popular. Os resultados obtidos servirão para a padronização dos extratos, garantindo qualidade em estudos farmacológicos e na produção de medicamentos.
1Iniciação Científica
2Pesquisador
3Orientador
Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas ( EFOA )
PIBIC/CNPq
Ciências Biológicas
Botânica
PIBIC/EFOA