ESTUDO DO PERFIL PROTEICO DE FAGÓCITOS ESTIMULADOS VIA PROTEÍNA QUINASE C.* |
LIPOPEROXIDAÇÃO EM SANGUE TOTAL E ATIVIDADE DE CATALASE EM ERITRÓCITOS DE ANIMAIS DIABÉTICOS.* |
ATIVIDADE DE TRITERPENOS E LACTONAS SESQUITERPÊNICAS NA LIBERAÇÃO DE ÂNION SUPERÓXIDO POR LEUCÓCITOS POLIMORFONUCLEARES.* |
LIPOPEROXIDAÇÃO EM GLÂNDULAS PARÓTIDAS E SUBMANDIBULARES CAUSADA POR INGESTÃO CRÔNICA DE ETANOL E RETINOL.* |
ESTUDO MORFOLÓGICO E MORFOMÉTRICO DAS ALTERAÇÕES PRESENTES NO EPITÉLIO DA MUCOSA DO ESÔFAGO DE FETOS DE RATOS, INDUZIDAS PELA ADMINISTRAÇÃO DE GENTAMICINA DURANTE A PRENHEZ.* |
EFEITOS SISTÊMICOS DA ADMINISTRAÇÃO DE CREATINA NO REPOUSO.* |
DETERMINAÇÃO DE FOSFATO EM DERIVADOS DE LEITE UTILIZANDO SISTEMA DE ANÁLISE EM FLUXO CONTÍNUO.* |
EFEITO DA MASSOTERAPIA NA REMODELAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR DE RATOS TRATADOS COM DEXAMETASONA.* |
EFEITO DO ULTRA-SOM NA REMODELAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR APÓS NECROSE INDUZIDA.* |
RETARDO DA CICATRIZAÇÃO DA PELE DE RATO INDUZIDO PELO ÁCIDO RETINÓICO.* |
ANÁLISE DE PROTEÍNAS DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO E TRATADO COM ULTRA-SOM.* |
CARACTERIZAÇÃO DE UMA FASE LAG NA CINÉTICA DE ATIVIDADE PEROXIDÁSICA DO EXTRATO DE FOLHAS DE COPAIFERA LANGSDORFII.* |
EXTRAÇÃO E MEDIDA DA ATIVIDADE DE PEROXIDASE DE Copaiffera langsdorffii.* |
ANÁLISE DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO POR VENENO DE Bothrops neuwiedi E TRATADO COM ULTRA-SOM.* |
ESTUDO DO EFEITO DA DOSIMETRIA DO ULTRA-SOM NA REGENERAÇÃO DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO.* |
TRATAMENTO COM ULTRASOM NA LESÃO POR AMASSAMENTO.* |
EFEITO DA SIALOADENECTOMIA SOBRE A CICATRIZAÇÃO DA PELE DE RATOS LACTENTES.* |
ESTUDO DO PERFIL PROTEICO DE FAGÓCITOS ESTIMULADOS VIA PROTEÍNA QUINASE C.
Schiavon, Juliana de Oliveira1; Nunes, Terezinha D´Ávila e Silva2; Moreira, Denise Aparecida Corrêa 2; Brigagão, Maísa Ribeiro Pereira Lima3;
Espécies reativas de oxigênio (ERO) são produzidas por células fagocitárias como agentes microbicidas pelo sistema enzimático NAD(P)H-oxidase. Este sistema é complexo, formado por vários componentes bioquímicos, entre eles um citocromo b, uma flavoproteína e duas fosfoproteínas de 67 kDa e 47 kDa, respectivamente. O sistema NAD(P)H-oxidase, dormente em fagócitos não estimulados, é ativado por fosforilação de proteínas citossólicas e de membrana. Este trabalho teve por objetivo analisar comparativamente o perfil protéico de fagócitos, bem como determinar se a indução de síntese protéica ocorre como sinal de montagem do complexo enzimático produtor de ERO sob estímulo direto da via bioquímica da proteína quinase c. A elicitação dos fagócitos foi feita na cavidade peritoneal de camundongos adultos, machos, da linhagem Swiss, com caseinato de sódio a 12% m/v. Após 4 ou 12 horas os animais foram sacrificados, e leucócitos polimorfonucleares (PMN) ou macrófagos (MA) foram, respectivamente, coletados por lavagem do peritôneo com solução tampão fosfato 0,1M, pH 7,4. Os fagócitos residentes foram coletados de forma idêntica, sem nenhum estímulo inflamatório. As preparações celulares foram submetidas à centrifugação e lavagem com a mesma solução tampão, sendo, então, estimuladas durante 10 minutos a 37° C com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA, 200 ng), na presença do íon Ca 2+ (0,01M). As células controle foram mantidas por tempo e temperatura idênticas, sem nenhum estímulo. Todos os ensaios foram, posteriormente, submetidos à determinação de teor protéico total pelo método de Bradford e alíquotas (50 m g proteína) foram submetidas à eletroforese em gel de poliacrilamida 12% no sistema SDS-PAGE. Os géis foram corados com azul brilhante Comassie e o perfil protéico analisado comparativamente aos padrões de peso molecular. Após o estímulo com PMA houve a indução da síntese de uma proteína de 17 kDa em fagócitos residentes e um aumento considerável da síntese de uma proteína de 46 kDa em PMN. Não foi evidenciada diferença no perfil proteico de MA provenientes de focos inflamatórios sob o mesmo estímulo. A mudança no perfil protéico de fagócitos sob estímulo direto da via de proteína quinase c mostra que, além da fosforilação de proteínas, a síntese protéica é alterada nestas células durante a ativação do sistema NAD(P)H-oxidase. As diferentes respostas dos fagócitos estudados ao mesmo estímulo evidenciam seus papéis diferenciados na manutenção da defesa do organismo contra agentes invasores, coerentes com suas capacidades específicas de produção de ERO no "burst" respiratório.
1Iniciação Científica, Acadêmica do Curso de Farmácia EFOA- Bolsista PET/MEC
2Departamento de Ciências Exatas EFOA.
3Orietandora, da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas - EFOA
Filiação: Departamento de Ciências Exatas EFOA Alfenas, MG.
LIPOPEROXIDAÇÃO EM SANGUE TOTAL E ATIVIDADE DE CATALASE EM ERITRÓCITOS DE ANIMAIS DIABÉTICOS.
Pereira, Roberta Carine de Freitas1; Brigagão, Maísa Ribeiro Pereira Lima2
Danos oxidativos em indivíduos diabéticos podem ser causados por desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e os mecanismos celulares de defesa antioxidante. Este trabalho objetivou determinar se ocorre correlação entre a lipoperoxidação em sangue total de animais diabéticos e a atividade de catalase, a principal enzima antioxidante em eritrócitos. Foi induzido diabetes mellitus (glicemia 180-270 mg/dL sangue) por aplicação intraperitoneal de aloxana (60mg/kg) em 15 camundongos machos da linhagem Balb c (20-25g), sendo mantido controle com o mesmo número de animais recebendo volume idêntico de solução de NaCl 0,9% m/v (glicemia 80-120 mg/dL sangue). O sangue de todos os animais, retirado por punção cardíaca, foi submetido à determinação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e à purificação parcial de catalase (CAT - EC1.11.1.6) por centrifugações diferenciais, extração em fração etanólica/clorofórmica e diálise. A atividade de CAT foi determinada espectrofotometricamente pela degradação de peróxido de hidrogênio. Amostras de todas as etapas de purificação da enzima foram submetidas à determinação de teor protéico total pelo método de Bradford. O nível de lipoperoxidação no sangue de animais diabéticos (3,4x10-6 ± 1,2x10-9 molesTBARS/mg proteína) foi dez vezes maior que nos controles (5,8x10-7 ± 1x10-9 moles TBARS/mg proteína). A atividade de CAT parcialmente purificada de eritrócitos de animais diabéticos mostrou-se significativamente menor (3,34x10-2 ± 9,8x10-4) que nos controles (7,9 x10-2 ± 4,8x10-3 m mols H2O2 degradados/min/mg proteína). Os resultados mostram que a diminuição da defesa antioxidante devida à menor atividade de CAT em eritrócitos de animais diabéticos está diretamente correlacionada ao aumento de lipoperoxidação de componentes sanguíneos. Tratamento com agentes antioxidantes exógenos deve ser levado em consideração no diabetes mellitus, o que determinaria menor grau de lesão oxidativa celular.
Departamento de Ciências Exatas, EFOA, Alfenas. MG.
1Iniciação Científica, Acadêmica do Curso de Farmácia EFOA- Bolsista PIBIC/CNPq
2Orientador, do Departamento de Ciências Exatas EFOA.
ATIVIDADE DE TRITERPENOS E LACTONAS SESQUITERPÊNICAS NA LIBERAÇÃO DE ÂNION SUPERÓXIDO POR LEUCÓCITOS POLIMORFONUCLEARES.
Zacheu, Fabíola Maria1; Nuñez, Cecília1; Pinto, Ernani3; Barroso, Alcely Srutz3; Brigagão, Maísa Ribeiro Pereira Lima4; Colepícolo, Pio3.
Células fagocitárias da série branca do sangue como os leucócitos polimorfonucleares (PMN) liberam ânion superóxido (O2·-) mediando a ação protetora do organismo contra agentes invasores. Porém, a produção exacerbada deste radical livre causa danos aos tecidos do hospedeiro, ocorrendo, então, a necessidade de manter este processo sob controle com uso de fármacos antiinflamatórios. Este trabalho objetivou determinar se triterpenos (TT) e lactonas sesquiterpênicas (LS) extraídas de Wunderlichia crulsiana apresentam atividade sobre a liberação de O2·- por PMN estimulados por diferentes vias bioquímicas. Os fagócitos foram obtidos de focos inflamatórios peritoneais induzidos por injeção de caseinato de sódio 12% m/v em 40 camundongos machos da linhagem Swiss. Após quatro horas, a população celular foi 95% de PMN. As células (1x107/mL) foram estimuladas com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA, 20 ng) ou com zimozan opsonizado (OZ, 2x105 células/mL). A liberação de O2·- foi determinada pela redução do citocromo c a 550 nm. Os TT e LS foram isoladas de extrato diclorometânico de galhos de Wunderlichia crulsiana, purificadas por cromatografias e caracterizadas por ressonância magnética nuclear e espectroscopia de massa. PMN incubados com TT mostraram inibição de 29% da liberação de O2·- e incubados com LS mostraram 47% de inibição, quando estimulados com PMA. TT e LS não mostraram nenhuma ação sobre liberação de O2·- por PMN estimulados com OZ. TT e LS de Wunderlichia crulsiana modulam a liberação de O2·- por PMN através da via bioquímica da proteína quinase c, mas não exercem nenhuma modulação quando estes fagócitos são estimulados pela via alternativa do complemento.
Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq, CAPES
Departamento de Ciências Exatas, EFOA, MG
Departamento de Química Fundamental, IQ-USP, SP Departamento de Bioquímica, IQ-USP, SP Departamento de Química Orgânica, UFBA, BA.
1Iniciação Científica, Acadêmica do Curso de Farmácia EFOA, Alfenas, MG.
2Departamento de Química Fundamental IQ-USP, São Paulo, SP.
3Departamento de Bioquímica IQ USP, São Paulo, SP.
4Departamento de Ciências Exatas EFOA, Alfenas, MG.
LIPOPEROXIDAÇÃO EM GLÂNDULAS PARÓTIDAS E SUBMANDIBULARES CAUSADA POR INGESTÃO CRÔNICA DE ETANOL E RETINOL.
Campos, Sara Cristina Gonçalves1; Moreira, Denise Aparecida Corrêa2; Nunes, Terezinha D´Ávila e Silva3; Brigagão, Maísa Ribeiro Pereira Lima4.
A sialodenose é uma patologia não inflamatória do parênquima das glândulas salivares, que comumente se instala em decorrência de diabetes mellitus e alcoolismo crônico. Embora sejam conhecidas suas consequências, as alterações bioquímicas que determinam sua instalação permanecem pouco elucidadas. A lipoperoxidação, lesão que determina desestruturação celular, pode estar envolvida na instalação de sialodenose decorrente de ingestão crônica de etanol. O objetivo deste trabalho foi testar esta hipótese, bem como determinar qual o efeito do retinol neste processo. Vinte ratos machos Wistar (270-340 g), foram alimentados ad libitum por 60 dias em gaiolas individuais com ração e água contendo etanol 5% m/v (E) ou água isocaloricamente balanceada com sacarose (C), contendo ou não 5.000 UI retinol (R ou ER). Após perfusão cardíaca dos animais, as glândulas parótidas e submandibulares foram removidas e homogeneizadas, sendo submetidas à determinação de teor protéico total pelo método de Bradford e de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Os resultados estão mostrados na Tabela abaixo.
Tabela 1. Nível de lipoperoxidação (mmoles TBARS/ mg proteína± dp) de glândulas salivares de ratos tratados com retinol e/ou etanol.
SUBMANDIBULARES |
PARÓTIDAS |
||||||
C |
E |
R |
ER |
C |
E |
R |
ER |
2,2 ± 0,02 |
2,3 ± 0,01 |
9,1 ± 0,08 |
20,3 ± 0,92 |
3,8 ± 0,02 |
17,1 ± 0,8 |
42,2 ± 1,06 |
57,1 ± 0,92 |
Os resultados mostram que a sialotoxicidade do etanol está associada à lipoperoxidação em ambas as glândulas, especialmente nas parótidas, que apresentam metabolismo predominantemente aeróbico, ao contrário das submandibulares. O uso de antioxidantes exógenos deve ser, portanto, ser levado em consideração para o tratamento desta patologia. A ingestão de retinol não mostrou-se eficaz como um agente antioxidante, determinando, contrariamente, danos oxidativos nos dois pares de glândulas salivares. Esta ocorrência pode ser devida ao fato de que, sendo ambos os álcoois, etanol e retinol, metabolizados por isoenzimas da desidrogenase alcóolica e ativadores do sistema citocromo p450, a atividade metabólica exacerbada na detoxificação teve como consequência a instalação de stress oxidativo nos tecidos analisados.
1 Iniciação Científica, Bolsistas do PIBIC/CNPq da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas EFOA
2 Iniciação Científica, Acadêmicas do Curso de Farmácia EFOA- Bolsista PET/MEC;
4 Orientadora, da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas - EFOA
Instituição: Escola de Farmácia e Odontolgia de Alfenas - EFOA
Afiliação: Departamento de Ciências Exatas, EFOA, Alfenas, MG.
ESTUDO MORFOLÓGICO E MORFOMÉTRICO DAS ALTERAÇÕES PRESENTES NO EPITÉLIO DA MUCOSA DO ESÔFAGO DE FETOS DE RATOS, INDUZIDAS PELA ADMINISTRAÇÃO DE GENTAMICINA DURANTE A PRENHEZ.
Gonçalves, Juliana Rodrigues1; Vilela, Antonella Sachsida Braga 2 ; Costa, José Renan Vieira da 3.
Os antibióticos aminoglicosídeos são utilizados no tratamento de infecções por bactérias gram-negativas durante a gestação. Eles atravessam a placenta e são nefrotóxicos em adultos, portanto seu uso deve ser cuidadoso em fase de desenvolvimento renal. A gentamicina é nefrotóxica e ototóxica mesmo em doses terapêuticas, podendo causar alterações no desenvolvimento fetal. Desse modo, o presente trabalho investigou as alterações nas camadas basal e espinhosa do epitélio do esôfago de fetos de ratos, induzidas pela administração de gentamicina. As ratas foram postas para acasalamento e o 10 dia de prenhez foi determinado por análise do esfregaço vaginal. No 100 dia de prenhez administrou-se dose única de 5mg/Kg de peso corporal de gentamicina por via intramuscular para o grupo tratado e solução salina para o controle. No 200 dia de prenhez, as ratas foram sacrificadas e 5 fetos foram colhidos para cada grupo O material foi fixado e submetido à técnica histológica rotineira e incluídos em parafina para confecção de lâminas. Os cortes obtidos foram corados pelo método da hematoxilina-eosina. Realizou-se então a análise microscópica da pele e cariometria das citadas camadas do seu epitélio .Os dados cariométricos foram analisados estatisticamente pelo teste de Mann-Whitney. A análise microscópica da pele do grupo tratado mostrou um epitélio mais espesso e núcleos de maior tamanho comparados ao controle. Foi evidente o aparecimento de uma camada granulosa acima da espinhosa e uma camada córnea, evidenciando uma ceratinização. Os resultados cariométricos comprovaram os histológicos, revelando um significativo aumento de volume dos núcleos das células das camadas basal e espinhosa do epitélio do esôfago do grupo tratado com gentamicina. A gentamicina administrada durante a prenhez em ratas, induziu alterações nas camadas basal e espinhosa do epitélio do esôfago dos ratos, traduzidas por aumento de volume nuclear de suas células, sugerindo uma maior atividade sintética das mesmas.
1 Iniciação Científica, Pesquisadora da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA)
2 Iniciação Científica, Pesquisadora da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenaso
3 Orientador, Professor da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA)
EFEITOS SISTÊMICOS DA ADMINISTRAÇÃO DE CREATINA NO REPOUSO.
Ávila, Tatiane Cristine Lemos de1; Cunha, Alexandre Rodrigues1; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva 2.
A creatina ligada ao fosfato é uma fonte não-aeróbica primária de energia para o trabalho muscular. O objetivo deste trabalho foi avaliar níveis séricos de glicose, colesterol, triglicerídeo e lactato em ratos tratados com creatina e mantidos em repouso.Ratos machos adultos Wistar foram divididos em dois grupos experimentais: (a) ratos que não receberam creatina (controle) e ratos que receberam creatina. A creatina foi administrada durante nove semanas, por via oral na dose de 2,75g/kg/dia. Decorridas 9 semanas observou-se queda significativa (p<0,01) dos níveis séricos de triglicerídeos e aumento do nível de glicose nos animais tratados com creatina. Os níveis de lactato e colesterol não apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre os dois grupos experimentais. Os animais que receberam creatina apresentaram massa corporal significativamente menor (p<0,01) que o controle.Esses dados sugerem que a creatina interfere no metabolismo de lipídeos, possivelmente com diminuição de síntese e armazenamento de triglicerídeos.
1 Iniciação Científica
2 Orientadora
Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, MG.
Apoio financeiro: Unifenas.
DETERMINAÇÃO DE FOSFATO EM DERIVADOS DE LEITE UTILIZANDO SISTEMA DE ANÁLISE EM FLUXO CONTÍNUO.
Silva, Michelle Gonçalves1; Dutra, João Francisco1; Luccas, Pedro Orival2.
O fósforo está presente em todas as células do organismo participando em quase todos os processos metabólicos tais como: metabolismo dos carboidratos; absorção de vitaminas como o piridoxal; composição de membranas celulares e formação de ossos e dentes. As quantidades recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 400-500 mg dia-1 de fósforo para adultos e de 1 a 1,2 mg dia-1 para lactantes. A deficiência de fósforo pode ser responsável pela alta incidência de cáries, raquitismo e osteoporose senil. Os alimentos ricos em proteínas como: carnes, peixes, ovos e aves e também grãos de cereais, leite, queijo e subprodutos do leite são excelentes fontes de fósforo. No leite integral o teor de fósforo é de 908 mg L-1. O presente trabalho visa desenvolver um método para análise em fluxo contínuo (FIA) com tratamento "on-line" das amostras e detecção espectrofotométrica para a verificação dos teores de fósforo em leite. O método utilizado se baseia na reação entre o fosfato e o molibdato produzindo o complexo fosfomolibdato de amônio o qual é reduzido resultando no complexo azul de molibdênio. As reações são provocadas em módulo de análise em fluxo contínuo e as leituras feitas em espectrofotômetro no comprimento de onda de 700 nm. Nos estudos com soluções aquosas adotou-se como método de calibração a curva analítica. Obteve-se a linearidade na faixa de concentração de 1 a 70 mg L-1 e o coeficiente de correlação obtido foi de 0,99712. Concentrações maiores que 70 mg L-1 apresentaram desvios negativos na Lei de Beer. Com as amostras de leite desnatado adotou-se o método de adições de analito. Os resultados obtidos até o momento, não são suficientes para se fazer inferências quanto a exatidão do método. No entanto, obteve-se boa repetibilidade das leituras e o valor de concentração de fósforo (902 mg L-1) foi próximo ao rotulado (940 mgL-1 ). Estão sendo otimizados os parâmetros: concentrações e vazões dos reagentes, dimensões dos reatores e tratamento das amostras, com o objetivo de se obter resultados reprodutíveis e confiáveis.
1Iniciação Científica
2Pequisadores
3Orientador
Apoio: PIBIC/CNPq
EFEITO DA MASSOTERAPIA NA REMODELAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR DE RATOS TRATADOS COM DEXAMETASONA.
Pereira, Marina Aparecida Gonçalves1; Cangussu, Renata1; Gonçalves, Priscila 1; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva2.
O propósito do presente trabalho foi avaliar a remodelação da cabeça femoral após descalcificação causada pelo corticóide dexametasona. Ratos adultos machos Wistar foram tratados com dose diária de dexametasona (0,5mg/kg) durante 14 dias. Esse período foi suficiente para induzir a descalcificação da cabeça femoral. Após duas semanas os animais foram divididos em três grupos experimentais: (a) dexametasona não tratado, (b) dexametasona tratado, (c) tratado. Os animais dos grupos (a) e (b) continuaram a receber a dose diária de dexametasona, por mais 14 dias, enquanto que os animais do grupo (c) não receberam mais dexametasona. O tratamento com massagem por percussão foi feito durante 14, uma vez ao dia, por 10 min. A remodelação da cabeça do fêmur foi avaliada através da medida do comprimento do eixo central compreendido entre a cartilagem hialina e o ápice da cabeça, pois este sofreu diminuição estatisticamente significativa (p<0,05) no período de 2 (0,786± 0,254 mm) semanas, quando comparado ao controle. A remodelação da cabeça femoral foi significativamente maior (p<0,01) nos animais que foram tratados (2,21± 0,12 mm) em comparação aos que receberam dexametasona e não foram tratados (0,74± 0,14 mm) e aos que receberam e foram tratados (1,58± 0,05 mm). Nos animais tratados com massagem houve proliferação de cartilagem e formação de tecido ósseo. Os resultados sugerem que a massagem, que é um fenômeno físico, estimula a proliferação de tecido cartilaginoso e formação óssea, que provavelmente foram responsáveis pela remodelação da cabeça do fêmur.
1Iniciação Científica
2Pequisadores
3Orientadora
Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Apoio financeiro: Unifenas
EFEITO DO ULTRA-SOM NA REMODELAÇÃO DA CABEÇA DO FÊMUR APÓS NECROSE INDUZIDA.
Agostini, Micheli1; Mello, Fabiana Junqueira de2; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva 3.
O propósito do presente trabalho foi avaliar a remodelação da cabeça femoral após necrose induzida. A artéria femoral da pata direita de ratos adultos machos Wistar foi obstruída parcialmente, o que induziu necrose cabeça do fêmur, dentro de duas semanas, demonstrada por radiografia. Após duas semanas alguns animais tiveram a obstrução arterial removida. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: (a) desobstruído e não tratado, (b) desobstruído e tratado, (c) obstruído e não tratado e (d) obstruído e tratado. O tratamento com ultra-som de 1 MHz foi feito durante 5 dias por semana, uma vez ao dia, durante 5 min, modo pulsado a 0,5W/cm2. O fêmur dos animais foi analisado aos 7, 14 e 21 dias após o início do tratamento. A remodelação da cabeça do fêmur foi avaliada através da medida do comprimento do eixo central compreendido entre a cartilagem hialina e o ápice da cabeça, pois este sofreu diminuição estatisticamente significativa (p<0,001) no período de 3 (0,786± 0,254 mm) a 5 (0,368± 0,058 mm) semanas. A remodelação da cabeça femoral foi significativamente maior nos animais desobstruídos e tratados (p<0,001) em todos os tempos analidados: 7 dias 1,182± 0,019 mm; 14 dias 1,436± 0,0956 mm e 21 dias 2,045± 0,512 mm. Os animais obstruídos e tratados mostraram uma remodelação significativa (p<0,001): 7 dias 1,008± 0,214mm, 14 dias 1,47± 1,497 mm e 21 dias- 1,967± 0,029 mm, quando comparados aos do grupo não tratado. Nos animais que sofreram desobstrução da artéria femoral, apesar do aumento do comprimento do eixo central da cabeça femoral ser maior do que os obstruídos, observou-se a presença de tecido cartilaginoso, predominantemente, enquanto que nos animais tratados observou-se a presença de tecido ósseo neo-formado. Os resultados sugerem que a irradiação com ultra-som estimula a proliferação de tecido cartilaginoso e formação óssea, que provavelmente foram responsáveis pela diminuição da necrose da cabeça do fêmur.
1Iniciação Científica
2Pequisadores
3Orientadora
Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, Alfenas, MG.
Apoio financeiro: Unifenas
RETARDO DA CICATRIZAÇÃO DA PELE DE RATO INDUZIDO PELO ÁCIDO RETINÓICO.
Silva Jr, Renan Alves da1; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva 2.
Avaliar o efeito do ácido retinóico sobre a cicatrização da pele de rato. Uma lesão circular (ø 5 mm) foi induzida no dorso de ratos machos adultos Wistar com auxílio de um punch. Os animais foram divididos em dois grupos experimentais: (a) não tratados (controle), (b) tratados com creme contendo ácido retinóico (AR) a a,005% (p/p). O tratamento, por 3,7,ou 14 dias consecutivos, teve início 24 h. As alterações morfológicas foram estudadas através de preparações histológicas. A análise quantitativa demonstrou alterações mais evidentes aos 7 dias após a indução da lesão, quando foram observados linfócitos (118,55± 4,90/m m2, p<0,01), macrófagos (21,35± 0,76/m m2, p<0,001) e fibroblastos (35,19± 1,67/m m2, p<0,01) no grupo tratado, enquanto que no controle os números foram significativamente diferentes: linfócitos (80,23± 14,93/m m2, p<0,01), macrófagos (15,15± 1,19/m m2, p<0,001) e fibroblastos (49,23± 4,18/m m2, p<0,01). Aos 3 dias após a indução da lesão foram observados linfócitos (88,77± 5,09/m m2, p<0,01), macrófagos (17,52± 1,05/m m2, p<0,001) e fibroblastos (21,42± 1,69/m m2, p<0,01) no grupo tratado, enquanto que no controle foram significativamente diferentes: 74,07± 6,93/m m2 (p<0,01), 12,29± 1,37/m m2 (p<0,001) e 18,47± 2,37/m m2 (p<0,01). Aos 14 dias após a indução da lesão foram observados linfócitos (70,06± 9,83/m m2, p<0,01), macrófagos (5,15± 1,25/m m2, p<0,001) e fibroblastos (39,44± 4,93/m m2, p<0,01) no grupo tratado, enquanto que no controle foram significativamente diferentes: 36,28± 1,84/m m2 (p<0,01), 4,79± 0,69/m m2 (p<0,001) e 67,16± 4,63/m m2 (p<0,01). Conclusão: Os resultados do presente trabalho sugerem que o ácido retinóico causa alteração morfológica na epiderme, é pró-inflamatório, exacerba a reação inflamatória e retarda o processo de cicatrização, induzindo um padrão histológico compatível com reparo e não regeneração.
1 Iniciação Científica
2 Orientadora
Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, MG.
Apoio Financeiro: FAPEMIG 928/97, CNPq (1bolsa PIBIC).
ANÁLISE DE PROTEÍNAS DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO E TRATADO COM ULTRA-SOM.
Júnior, Renan Alves da Silva 1 ; Vieira, Pedro Manuel Nunes 1 ; Silvério, Alessandra Danzinger Santos 2 ; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva 3.
Trabalhos prévios do laboratório demonstraram que o ultra-som terapêutico induz regeneração de músculo esquelético com lesão incisiva. As principais alterações histológicas foram observadas aos 7 dias após a indução da lesão. Com o propósito de estudar os efeitos do ultra-som ao nível celular foram analisados os efeitos do ultra-som terapêutico sobre a expressão de proteínas de músculo esquelético com lesão incisiva e tratado com ultra-som. O músculo tibial anterior de ratos machos adultos Wistar foi lesado com um bisturi contendo duas lâminas, distantes entre si 1 mm .A lesão apresentou 2 mm de profundidade e estendeu-se por toda largura do músculo. Os animais foram divididos em três grupos experimentais: (a) não lesados, (b) lesados e não tratados, (c) lesados e tratados com ultra-som. O tratamento com ultra-som teve início 24 h após a indução da lesão e foi feito uma vez ao dia, por 5 min, modo pulsado a 0,5W/cm2.Os animais foram tratados por 5 dias, aos 7 dias após a indução da lesão foram submetidos à eutanasia, o músculo tibial anterior foi removido e apenas a área da lesão foi utilizada para extração de proteína. As proteínas totais musculares foram extraídas com tampão Tris 50 mM, HCl 0,03 M, EDTA 50 mM, KCl 0,1 M e sacarose 0,7 M. Depois da dosagem, as proteínas foram submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS. A regeneração muscular do grupo tratado com ultra-som foi significativamente diferente dos grupos controle. A análise de proteína revelou o acúmulo de uma proteína de 75 kDa apenas nos animais tratados com ultra-som. Conclusão: Esses dados sugerem que o ultra-som estimula a regeneração muscular e induz a expressão de proteínas musculares, provavelmente modulando o metabolismo proteico.
1 Iniciação Científica
2 Pesquisadora
3 Orientadora
Instituição: Universidade de Alfenas UNIFENAS, CNPq
Apoio: Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, MG
CARACTERIZAÇÃO DE UMA FASE LAG NA CINÉTICA DE ATIVIDADE PEROXIDÁSICA DO EXTRATO DE FOLHAS DE COPAIFERA LANGSDORFII.
Lima, A.V. 1; Pilon, L.C.B. 1 ; Schneedorf, J.M. 2 ; Maciel, H.P.F. 2; Pastore, G.M. 2 ; Gouvêa, C.M.C.P. 3 .
Peroxidases vegetais tem sido relacionadas a uma grande variedade de papéis funcionais no desnvolvimento, defesa, lignificação e sinalização hormonal em plantas. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo uma análise exploratória das propriedades físico-químicas de peroxidases extraídas da planta tropical Copaifera langsdorfii. Amostras de enzimas contendo atividade peroxidásica foram preparadas por desalinização de extrato bruto das folhas em colunas cromatográficas contendo Sephadex G-25, previamente trituradas a frio em ácido succínico 0.1 M pH 5.0. A cinética enzimática foi conduzida espectrofotometricamente em 460 nm, utilizando-se H2O2 como substrato e guaiacol (2-metóxi fenol) como doador de elétrons para a reação. Os parâmetros cinéticos, constante de tempo e velocidade máxima da reação, foram calculados por monitoramento da curva progressiva resultante, a partir de um ajuste da primeira derivada de uma curva sigmoidal de Boltzman aos dados experimentais. Os parâmetros foram então plotados contra diferentes co-solventes pré-incubados com o extrato (L-Glicina, glicerol, sulfóxido de dimetila, D-sacarose, D-sorbitol), objetivando uma melhoria na estabilidade enzimática. A atividade peroxidásica do extrato de Copaifera langsdorfii oxidou o H2O2 na presença de guaiacol em pH 5.0. Esta oxidação foi de caráter enzimático, posto que o extrato tratado sem desalinização em G-25 produziu pequena quantidade de produto na presença de H2O2. A atividade peroxidásica foi também inversamente proporcional ao período de estocagem do extrato em 0, 4 e 25 0C. A taxa inicial de hidrólise enzimática resultou não-linear, apresentando um período lag característico. Esta fase lag observada mudou em função de co-solventes pré-incubados com as amostras, com constantes de tempo variando entre 34 e 58 s. Dessa forma, uma propriedade incomun da cinética enzimática de oxi-redutases durante o período de pré-equilíbrio estacionário, foi observada nas folhas de Copaifera langsdorfii.
1 Iniciação Científica (voluntário)
2 Pesquisadores, colaboradores
3 Orientador
Instituição: CNPq, FAPEMIG, UNIFENAS.
Apoio: Lab. Bioquímica e Biologia Celular, Universidade de Alfenas, MG.
Depto. Ciências dos Alimentos, Unicamp, SP.
EXTRAÇÃO E MEDIDA DA ATIVIDADE DE PEROXIDASE DE Copaiffera langsdorffii.
Lima, Viviane Araújo de1; Pilon, Luiza Carla Bortolini 1; Maciel, Hermelinda Penha Freire1; Paschoal, Luis Roberto2; Pastore, Gláucia Maria2; Gouvêa,Cibele Marli Cação Paiva3.
As peroxidases de plantas possuem grande interesse científico porque catalisam a oxidação de compostos envolvidos em vários processos metabólicos como o crescimento e diferenciação celulares, controle de vias metabólicas, resistência a patógenos, além de outras atividades. A peroxidase é a enzima mais utilizada em kits diagnósticos e também na indústria alimentícia. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer uma metodologia para extração de peroxidase de Copaiffera langsdorffii determinar a atividade da peroxidase extraída. Peroxidase de Copaiffera langsdorffi foi extraída e purificada através de centrifugação, ultrafiltração e desalinização por cromatografia em coluna de Sephadex G25, equilibrada com Tris-HCl 50 mM, pH 7,2. A atividade de guaiacol peroxidases foi determinada por ensaio contínuo em ácido succínico 0,1 M, pH 5,0, a 25o C. A atividade da peroxidase extraída de Copaiffera langsdorffi apresentou 85% da atividade de peroxidase HRP ("horseradish peroxidase"). O congelamento a 70o C causou diminuição de 10 vezes na atividade da peroxidase de Copaiffera langsdorffi. A variação de pH de 2,5 a 5,0 e de 5,0 a 6,0 causou diminuição de 50% na atividade da peroxidase extraída.
Esses dados demonstram que a enzima extraída apresenta uma das mais altas atividades de peroxidase descritas, que o pH ótimo da enzima é pH 5,0 e que apresenta grande resistência a variação de pH e boa resistência ao congelamento. Copaiffera langsdorffi é uma planta nativa e abundante no Brasil, especialmente no Sul de Minas, e demonstrou ser uma rica fonte de peroxidase.
1Iniciação Científica
2Pequisadores
3Orientador
Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, MG
Instituto de Farmácia e Nutrição, UNIFENAS, MG
Dep. Ciência de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP, SP
Apoio financeiro: UNIFENAS
ANÁLISE DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO POR VENENO DE Bothrops neuwiedi E TRATADO COM ULTRA-SOM.
Leite, Vanessa Lira1; Andrade, Marden Ferreira de1; Lúcia, Maria2; Amaral, André Capaldo2; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva3.
O objetivo do trabalho foi quantificar as alterações morfológicas induzidas pelo tratamento com ultra-som na recuperação de músculo tibial anterior de rato lesado por veneno botrópico.
No tibial anterior da pata direita de ratos machos adultos Wistar foi injetado 1,0 mg/kg de veneno seco de B. neuwiedi. Os animais foram divididos em três grupos: (a) não tratados (controle), (b) tratados com ultra-som, (c) tratamento simulado (placebo). O tratamento teve início 24 h após a indução da lesão, 3 ou 5 dias por semana, uma vez ao dia, por 5 min, com ultra-som de cabeçote reduzido, modo pulsado, com freqüência de 1MHz e potência de 0,5W/cm2. No grupo placebo utilizou-se o aparelho desligado. Os músculos foram analisados aos 3, 7, 14 e 21 dias após a indução da lesão, através de preparações histológicas. A análise quantitativa do grupo tratado com ultra-som foi significativamente (p<0,05) diferente dos grupos controle e placebo:
Tipo celular/m m2 |
Tempo de tratamento (dias) |
|||
3 |
7 |
14 |
21 |
|
Fibra muscular lesada |
17.69± 5.33 |
15.50± 2.35 |
12.33± 1.52 |
4.50± 2.38 |
Fibra muscular nova |
- |
- |
15.00± 0.05 |
22.1± 7.07 |
Fibroblasto |
10.43± 4.83 |
4.44± 0.88 |
24.00± 7.77 |
5.00± 1.73 |
Macrófago |
20.08± 8.51 |
19.67± 6.59 |
21.6± 3.04 |
6.63± 1.51 |
Linfócito |
258.83± 22.82 |
173.33± 16.28 |
86.67± 4.16 |
15.33± 4.37 |
Os dados sugerem que o ultra-som acelera a reação inflamatória e a proliferação de células musculares, o que possibilita uma menor fibrose tecidual.
1Iniciação Científica
2Pesquisador
3Orientador, Professora da Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Instituição: Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Apoio financeiro: UNIFENAS (1Bolsista IC).
ESTUDO DO EFEITO DA DOSIMETRIA DO ULTRA-SOM NA REGENERAÇÃO DE MÚSCULO ESQUELÉTICO LESADO.
Vieira, Pedro Manuel Nunes1; Souza, Maria Cristina Gomes 2; Gouvêa, Cibele Marli Cação Paiva3.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da variação da dose do ultra-som na regeneração de músculo esquelético após lesão incisiva. O músculo tibial anterior de ratos machos adultos Wistar foi lesado comum bisturi contendo duas lâminas, distantes entre si 1 mm .A lesão apresentou 2 mm de profundidade e estendeu-se por toda largura do músculo. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: (a) não tratados (controle), (b) tratados com ultra-som a 0,2 W/cm2, (c) tratados com ultra-som a 0,5 W/cm2 e (d) tratados com ultra-som a 0,8 W/cm2. Os animais foram tratados por 5 dias consecutivos e analisados aos 7 dias após a indução da lesão. O tratamento foi feito uma vez ao dia por 5 min, modo pulsado a 1MHz. A regeneração muscular induzida pelo tratamento com ultra-som foi significativamente diferente com a variação da dose. Os animais tratados com ultra-som a 0,5 W/cm2 apresentaram melhor recuperação:
Tipo celular |
Tratamento W/cm2 (células/m m2) |
|||
0,2 |
0,5 |
0,8 |
Controle |
|
Linfócito |
34,00± 1,00 |
32,50± 2,50 |
28,20± 2,00 |
12,33± 1,53 |
Macrófago |
18,33± 2,52 |
21,01± 1,08 |
4,33± 0,15 |
8,00± 1,00 |
Fibras musculares novas |
4,00± 1,05 |
15,50± 3,52 |
1,50± 0,50 |
- |
Esses dados sugerem que o ultra-som estimula a regeneração muscular, provavelmente induzindo a formação de novas células musculares e a dose de 0,5W/cm2 mostrou-se mais eficiente.
1Iniciação Científica
2Pesquisador
3Orientador, Professora da Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Instituição: Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Área: Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, UNIFENAS, MG.
TRATAMENTO COM ULTRASOM NA LESÃO POR AMASSAMENTO.
Lunes, T.M1; Peixoto, R.R.2; Amaral, A.C3; Gouvêa, C.M.P4.
O objetivo deste trabalho foi quantificar as alterações morfológicas induzidas pelo tratamento com ultra-som na recuperação de músculo esquelético lesado por amassamento.
Métodos e Resultados: A lesão foi feita no músculo tibial anterior da pata direita de ratos machos adultos Wistar com auxílio de uma pinça. Os animais foram divididos em três grupos experimentais: (a) não tratados (controle), (b) simulação do tratamento, (c) tratados com ultra-som. O tratamento teve início 24 h após a indução da lesão. Os animais foram tratados por 3 ou 5 dias por semana, uma vez ao dia, por 5 min, com ultra-som de cabeçote reduzido, modo pulsado, a 0,5W/cm2. O protocolo para os animais do grupo simulado foi o mesmo, utilizando-se o aparelho desligado. Os músculos tibiais foram analisados aos 3, 7, 14 e 21 dias após a indução da lesão, através de preparações histológicas. A regeneração muscular do grupo tratado com ultra-som foi significativamente diferente dos grupos controle e com tratamento simulado.
Tratamento |
Tipo celular/m m2 de tecido |
|||
Macrófago |
Linfócito |
Fibras Novas |
||
3 dias |
Controle |
2,33± 0,57 |
34,50± 9,57 |
4,33± 1,78 |
Placebo |
2,00± 1,73 |
15,50± 8,38 |
6,67± 2,80 |
|
Tratado |
2,67± 0,58 |
12,80± 7,70 |
13,50± 2,25 |
|
7 dias |
Controle |
3,25± 0,95 |
32,00± 0,95 |
6,75± 0,50 |
Placebo |
2,25± 0,50 |
18,25± 1,63 |
1,63± 0,50 |
|
Tratado |
2,00± 0,01 |
8,00± 1,41 |
2,00± 0,01 |
|
14 dias |
Controle |
5,40± 1,51 |
36,20± 9,01 |
5,40± 1,51 |
Placebo |
12,00± 03,4 |
38,40± 2,70 |
12,00± 03,4 |
|
Tratado |
11,00± 1,00 |
8,00± 1,00 |
11,00± 1,00 |
Os resultados sugerem que o ultra-som estimula a regeneração de músculo lesado, provavelmente por acelerar a reação inflamatória, facilitando a remoção de tecido lesado, com conseqüente formação de novas fibras musculares sem a presença de tecido fibrótico.
1
2
3
4 Orientador, Professora da Universidade de Alfenas - UNIFENAS
Apoio financeiro: Fapemig (1bolsa IC), Unifenas
EFEITO DA SIALOADENECTOMIA SOBRE A CICATRIZAÇÃO DA PELE DE RATOS LACTENTES.
Carvalho, Luciano S. 1; Vedovello, Thiago J.2; Reis, Norair S. 3.
As glândulas salivares são responsáveis por atividades funcionais tanto endócrinas como exócrinas, produzindo além da saliva, peptídeos biologicamente ativos que agem sobre o crescimento e diferenciação celular, dentre eles o fator de crescimento epidermal (EGF), responsável pela estimulação direta da proliferação e queratinização do tecido epidérmico, auxiliando na cicatrização de muitos tecidos. O objetivo foi o de avaliar o efeito da sialoadenectomia sobre a reação inflamatória e reparação da pele de Ratthus novergicus, variedade albino. em fase de crescimento, num período em que a glândula salivar submandibular é uma importante fonte de EGF. Foram utilizados 05 proles de ratos brancos num total de 40 filhotes machos e fêmeas, convencionais. Os filhotes foram separados em um grupo de filhotes, sialoadenectomizados (ablação das glândulas salivares submandibulares e sublinguais aos 10 dias de idade e outro grupo de filhotes, também machos e fêmeas, sofreram uma cirurgia simulada na mesma época do grupo sialoadenectomizado. Todos os ratos foram submetidos a retirada de amostra de pele, entre as regiões cervicais e lombar, com o auxílio de um punch cirúrgico de 4mm na mesma data da sialoadenectomia, sendo todos os procedimentos cirúrgicos realizados com animais com efeito anestésico. A retirada dos fragmentos de pele foram realizados aos 05, 10 e 15 dias de pós-operatório para o acompanhamento das reações inflamatórias e cicatricial. Os fragmentos de pele foram fixados com líquidos de Bouin e corados em hemalume, eosina e tricrômio de Masson. Foram observados diferenças significativas na contagem de macrófagos nos cortes de dez e quinze dias de pós-operatório, sendo as médias para: grupo controle (5,56; 4,79) e grupo sialoadenectomizado (2,88; 8,73). Apenas no corte de cinco dias não foram observadas alterações significativas. Na contagem de fibroblastos foram observados alterações significativas no corte com quinze duas de pós-operatório, sendo as médias para: grupo controle (2,97) e grupo sialoadenectomizado (4,59). Nos cortes com cinco e dez dias de pós operatório não foram observadas lesões significativas. Houveram diferenças significativas na contagem de vasos dos três cortes de pós-operatório com cinco, dez e quinze dias, sendo as médias apresentadas para: grupo controle (3,53; 1,44; 3,16) e grupo sialoadenectomizado (1,72; 0,86; 0,84). Para análise estatística foi utilizado o teste de Tukey, com DIC e p < 0,05. (CONCLUSÃO) Observou-se que nos ratos que foram realizados as sialoadenectomias, portanto privadas de uma fonte de fator de crescimento epidermal (EGF), ocorreu retardo comprovado no processo de reparação da pele com diminuição do número de células envolvidas principalmente aos 10 e 15 dias de pós operatório, como macrófagos e fibroblastos, notando também diminuição da angiogênese no mesmo período.
¹ Iniciação Científica, Acadêmico do Curso de Administração - UNIFENAS
2 Iniciação Científica, Acadêmico do Curso de Administração - UNIFENAS
3 Orientador, Professor da Universidade de Alfenas
Instituição: Universidade de Alfenas UNIFENAS
Afiliação:
Centro de Cirurgia Experimental, Universidade de Alfenas