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9 de março de 2016

NAPEM Medicina UNIFENAS - BH construindo parceria


Rosângela Fressato
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Professora Lúcia junto a outros participantes do Encontro

Em uma parceira entre os Núcleos de Apoio Psicopedagógico ao Estudante de Medicina (NAPEM) das Escolas de Medicina da UFMG e da UNIFENAS, câmpus de Belo Horizonte, o 1º Encontro Mineiro dos Serviços de Apoio Psicopedagógico foi realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro e teve como finalidade produzir diretrizes para o serviço. Participaram do encontro 13 escolas médicas de Minas Gerais e uma de Olinda/PE.

De acordo com a professora Lúcia Helena Garcia Bernardes, psicóloga e coordenadora do NAPEM, e a professora Nelcy Ramos, pedagoga e membro da equipe do NAPEM, o Serviço de Apoio Psicopedagógico existe, em grande parte, nos cursos de Medicina do Brasil, face à grande incidência de sofrimento emocional dos alunos desse curso decorrente do seu nível de exigência, do contato permanente do estudante com o sofrimento humano e também de uma cultura de exigência de excelência ao estudante, o que, muitas vezes, provoca sentimentos contraditórios nos acadêmicos.

O público que se inscreveu no evento foi formado por psicólogos, pedagogos, psiquiatras, médicos de especialidades, coordenadores de curso e estudantes de medicina. No caso do curso de Medicina da UNIFENAS -BH, a equipe do NAPEM, como comissão organizadora do evento em parceria com o NAPEM da UFMG, esteve presente durante todo o evento, participando da mesa de abertura e na coordenação dos ateliês temáticos. Junto com o grupo da UNIFENAS, estavam 12 estudantes na função de monitores dos ateliês e também na mesa de abertura com depoimentos sobre sua experiência no curso e nas atividades do NAPEM. Além disso, estiveram presentes mais de seis professores/médicos do corpo docente da UNIFENAS de BH e de Alfenas.

Professora Lúcia conta que cerca de 90% dos inscritos compareceram aos dois dias do evento. No sábado, dia 27, os ateliês temáticos abordaram questões fundamentais para a consolidação das diretrizes deste tipo de serviço. “A comissão organizadora do evento está produzindo o relatório final, mas alguns resultados já podem ser vistos: temas relevantes apareceram nos debates, como a comprovação, pelos depoimentos, de que os referidos serviços de apoio se organizam de diferentes formas, o que corrobora a importância da criação de diretrizes; além disso, relatou-se que muitos serviços têm foco nos atendimentos individuais, o que indica a importância de se pensar e de propor ações coletivas, visando à prevenção, bem como a de fazer articulações institucionais que coloquem esse serviço no papel de assessoria à coordenação, com vistas à análise da influência do processo de trabalho pedagógico na formação médica em relação à qualidade de vida do estudante”. A psicóloga relata que outro ponto em destaque foi o da análise do efeito das Metodologias Ativas de Aprendizagem sobre a qualidade de vida dos estudantes e sua articulação com os serviços de apoio, bem como a necessidade de se investir em pesquisas sobre tais serviços, por meio de estudo comparativo entre o tipo de atendimento do estudante realizado em escolas públicas e o feito nas escolas particulares. “Finalmente, ressaltou-se a importância da articulação dos serviços de apoio com os docentes e com a formação em humanidades”.

Professora Lúcia diz que o evento produziu diversas sugestões, tais como orientações básicas de estruturação mínima dos Serviços de apoio ao Estudante de Medicina; criação e/ou consolidação dos programas de Mentoria; estabelecimento de um lugar institucional para os serviços, no quadro de apoio direto à coordenação; criação e consolidação de ações coletivas que favoreçam a qualidade de vida do estudante de medicina.