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20 de janeiro de 2016

Curso para assistidos da APAC de Campo Belo valoriza a espiritualidade


Daniela Rodarte
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Juliana com integrantes de APACs durante treinamento em Itaúna-MG

Juliana Esmeraldino, acadêmica do 8º período do curso de Direito da UNIFENAS, ministra curso na APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Campo Belo (MG). Seu objetivo é demonstrar como o desenvolvimento da espiritualidade pode contribuir na reintegração dos recuperandos.

O curso é baseado nos conhecimentos da literatura “Conhecendo o Cristianismo”. Segundo a aluna, que tem atuado há alguns meses na instituição como estagiária, a proposta é “deixar o evangelho dizer o evangelho”, apresentando Jesus para as pessoas por meio do Evangelho de Marcos. Ele analisa três simples perguntas: Quem é Jesus? Por que ele veio? O que significa segui-lo?

Juliana acredita que o curso incentiva os participantes a embarcar em uma viagem com Jesus Cristo, enfatizando que “Ele, também, experimentou muito do que sentimos agora, incluindo o medo, a solidão, a alienação e o abandono. O evento é uma oportunidade para explorar, aprender e considerar o que Jesus tem a dizer sobre sua vida e sua viagem. O curso foi ministrado em oito módulos (com duração de 2 horas cada), uma vez por semana”.

Hoje, existem mais de 10 milhões de prisioneiros em 22.000 penitenciárias ao redor do mundo. Muitos desses homens e mulheres nunca ouviram o evangelho ou experimentaram o poder transformador do amor de Deus.

Dentre os milhões de pessoas presas, um grande número delas nunca tiveram a oportunidade de buscar na espiritualidade o gancho para mudar a sua realidade. Com o intuito de mudar esta realidade, a APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Campo Belo (MG) promoveu, ainda em julho, a primeira palestra, ministrada pela acadêmica.

Com capacidade para 84 internos, a Associação tem hoje 53 recuperandos. Na APAC há muitos talentos, como os apresentados na palestra, músicos talentosos que mostram o poder transformador da Evangelização.

“Estou preso pela justiça, mas me senti pela primeira vez em liberdade neste curso de que participo. Sem escolta, sem algemas e mergulhado no mundo da literatura”, citou um recuperando.

Juliana afirma que o curso é ecumênico. Qualquer um é bem-vindo. “Você não precisa ser um seguidor de Jesus. Você não precisa ser religioso ou ir à missa ou culto. Você está convidado a uma viagem para conhecer um companheiro de prisão… Jesus de Nazaré. Esta é a viagem do prisioneiro”, concluiu a estagiária.