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9 de outubro de 2015

Egresso de Enfermagem integra comissão de doação de órgãos


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Ivan Ribeiro Carvalho durante entrevista para emissoras de TV

O egresso do curso de Enfermagem da UNIFENAS, câmpus de Campo Belo, Ivan Ribeiro Carvalho, como coordenador da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes) do Hospital Bom Pastor em Varginha, participou dos tramites necessários à doação dos órgãos de Jhonatan Cândido Bernardes Bueno, de 24 anos, que morreu baleado após discussão com um amigo. A doação ocorreu no Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro.

Equipes do MG Transplantes e Incor, de São Paulo, estiveram no Bom Pastor para realizar a captação dos órgãos. De acordo com Ivan, foram captados córnea, pelo Banco de Olhos do Hospital Universitário Alzira Velano; fígado e rins, pelo Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte; e o coração, pelo HCor, de São Paulo. Ivan disse que nesse caso, assim como em outros, são seguidos minuciosamente todos os protocolos exigidos por lei, desde o Protocolo de Morte Encefálica, que é feito sempre por dois médicos diferentes, sendo um deles neurologista, e com um exame complementar que verifica se há atividade elétrica ou fluxo sanguíneo no cérebro, até os procedimentos após a autorização da família para doação e a captação dos órgãos. “Os desafios são muitos, mas o maior acredito que seja a corrida contra o tempo, após a família autorizar a doação, para que haja sucesso na captação dos órgãos.”



Outros desafios da doação



Para Ivan, durante todo o processo, há muitos desafios, como, por exemplo, conseguir atender bem os familiares do doador, dar um diagnóstico preciso e com segurança, além de oferecer suporte profissional com Psicólogos e Assistentes Sociais.

“Importante frisar que, hoje em dia, a doação de órgãos só acorre se autorizada pela família. Por isso a importância de conversar sobre o assunto em vida. Só com a autorização de um familiar de primeiro grau (pai, mãe, cônjuge, etc.) pode ocorrer a retirada de qualquer órgão. Então, quando a pessoa manifesta em vida a vontade de ser doador, o processo de aceitação da família se torna mais fácil e menos doloroso. Hoje em dia, qualquer hospital, seja público, privado ou filantrópico deve ter uma CIHDOTT, que atua para detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos no hospital, viabilizar diagnóstico de morte encefálica, conforme resolução do Conselho Federal de Medicina nº. 1480/97, criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade de doação de órgão se outros tecidos. Mesmo sendo em uma cidade pequena, a articulação com a CNCDO (Central de Notificação Captação e Doação de Órgãos) torna mais fácil todo o processo.”



Egresso da UNIFENAS



Como egresso da UNFENAS, Ivan cursou Enfermagem, entre 2004 e 2007, no câmpus de Campo Belo. Ainda durante a graduação, em outubro de 2007, prestou concurso para a FHOMUV - Fundação Hospitalar do Município de Varginha (Hospital Bom Pastor), sendo aprovado. Desde 2010, além de trabalhar na área assistencial supervisionando serviços de Enfermagem, coordena a CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes) do Hospital Bom Pastor.

“Trabalhar nessa área exige bastante dedicação e disposição. No dia a dia, a CIHDOTT atua em educação continuada e campanhas a respeito de doação de órgãos. Em protocolos de diagnóstico de morte encefálica, além de cuidar de toda parte burocrática, que é toda a documentação do protocolo, o enfermeiro, junto com psicólogos e assistentes sociais, trabalha no atendimento às famílias dos pacientes. Quando entrei para essa comissão, enfrentávamos algumas dificuldades em conseguir exames de diagnóstico, mas, hoje em dia, existe um suporte muito bom por parte do Município e Estado”, explica o egresso.

Ao fim da entrevista, Ivan relembrou-se da época em que estudou em Campo Belo. “Estudar na UNIFENAS foi um privilégio imenso. Além de todo conteúdo obrigatório, que a Universidade apresentou de uma forma muito ética e eficiente, as possibilidades de aprendizado extracurriculares foram muitas. Tive uma base teórica muito boa, que possibilitou a minha aprovação em um concurso público antes mesmo de terminar o curso. Durante a graduação, tive oportunidade de trabalhar em campanhas para cadastro de doadores de medula óssea, feitas pela UNIFENAS e o HEMOMINAS, que considero muito importantes para meu currículo, até mesmo pela minha área de atuação hoje”, acrescentou o enfermeiro.