Coordenador do curso de Psicologia, professor Márcio Moterani Swerts, e os alunos Priscila e Rodrigo
Para celebrar os 53 anos de regulamentação da Psicologia no Brasil, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais promoveu a 3ª Mostra Mineira de Práticas em Psicologia - “A Psicologia e seus Fazeres: Valorizando a Profissão”, que ocorreu na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Na programação, vários trabalhos foram expostos: oficinas, rodas de conversa e exposição de pôsteres dos profissionais, comprovando a pluralidade desta profissão.
O curso de Psicologia da UNIFENAS, câmpus Alfenas, esteve presente na comemoração, representado pelos alunos do 10º período Priscila Aparecida Pereira Pimenta e Rodrigo Martins, que apresentaram o trabalho “Uma Experiência de Acompanhamento Terapêutico”, realizado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Alfenas.
A orientadora, professora Vânia Beatriz Conde Moraes, comenta que o trabalho refere-se ao relato de uma das práticas realizadas no Estágio Supervisionado em Formação de Psicólogo - Clínica Psicanalítica. O projeto deste estágio é amplo e abrange dois tipos de atividades: clínica propriamente dita e clínica em extensão. No CAPS, eles passam um período em observação para conhecer o serviço e seu funcionamento, assim como os usuários e a equipe de profissionais do dispositivo, e levantar as demandas de trabalho. No segundo tempo, ocorre o acompanhamento terapêutico propriamente dito, iniciado em meados de março /2015, ou seja, os estagiários começam a acompanhar os usuários em seus trânsitos pela cidade, para ir a médicos ou para participar de atividades em outros dispositivos da rede de saúde mental, para tirar a carteira de vale transporte etc. “Assim, são os estagiários que se inserem nas atividades do dia a dia dos usuários. Ao fazer isso, tentam ajudá-los a tecer os fios (mesmo que tênues) que permitam enlaçá-los ao tecido social”.
Vânia ressalta que o objetivo da experiência de Acompanhamento Terapêutico - modalidade clínica que se constitui como um processo auxiliar no tratamento de usuários do CAPS – é favorecer uma melhora na qualidade de vida de sujeitos que até então se mostravam inacessíveis e possibilitar-lhes habitar e se apropriar do território que os cerca. “A prática de Atenção Terapêutica não se dá dentro da instituição, mas nas ruas. O acompanhante se faz conhecedor das rotinas, das situações vividas, cenas em família e no social, para atuar como suporte dos usuários na criação de novos laços, e valorizar a autonomia dos mesmos”.
A professora enfatiza que compartilhar essa experiência em um evento que valoriza a pluralidade da profissão tem importância para a formação profissional dos discentes. “Além deste, outros trabalhos foram apresentados, enfatizando a criação de laços sociais e de autonomia. As trocas de experiências ocorridas no evento foram profícuas, contribuindo para o trabalho e formação profissional dos acadêmicos”.