Everton Marques

Dois dias de evento, mais de sete horas de palestras, o 1º Simpósio de Clínica Médica da UNIFENAS, com o apoio da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica), reuniu médicos e fisioterapeutas em torno de temas relevantes para a área. As palestras ocorreram no câmpus de Alfenas e foram transmitidas ao vivo para o câmpus de Belo Horizonte. Entre os palestrantes, profissionais da UNIFENAS e da UNIFESP. O simpósio ocorreu nos dias 21 e 22 de agosto.

No primeiro dia, estavam presentes à mesa de abertura a Dra. Larissa Araújo Velano Dozza, presidente da FETA (Fundação de Ensino e Tecnologia de Alfenas; o Dr. Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM; a professora Maria do Rosário Araújo Velano, reitora da UNIFENAS; e a Dr. Viviane Araújo Velano Cassis, vice-reitora.

Ao fazer uso da palavra, a Dra. Larissa, que, juntamente com o Dr. Antonio Carlos, foi a idealizadora do evento, destacou aos acadêmicos que eles estavam diante do melhor clínico que o Brasil já teve e um dos grandes colaboradores do Professor Edson Antonio Velano na criação da Faculdade de Medicina da UNIFENAS. “Ela [Faculdade de Medicina] foi criada para ser uma escola de vida, uma escola humana, onde pudéssemos formar bons médicos, capazes, com o seu conhecimento adquirido, de ajudar pessoas, salvar vidas, ter uma posição digna e poder honrar o seu diploma na escola em que se formaram”, disse a presidente.

No Simpósio, os temas abordados tiveram como ênfase a fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. A palestra de abertura foi com o Dr. Antonio Carlos Lopes, que tratou do tema “Cardioembolismo”. Antes de entrar no assunto proposto, o presidente da SBCM também falou de sua alegria em poder retornar à Universidade: “É uma satisfação de estar na UNIFENAS novamente, instituição pela qual tenho muito carinho e muito amor. Participei da sua fundação [curso Medicina], juntamente com o professor Edson Velano, grande idealizador, grande visionário. E fico feliz em ver a Universidade dando a sua contribuição para o nosso país”.



Palestrantes do evento



Entre os palestrantes estavam, ainda, da UNIFESP-Escola Paulista de Medicina, a Dra. Letícia Sandra de Carvalho, que abordou o tema “Sepse”; Dr. Carlos Gustavo Verrastro, que falou sobre o “Diagnóstico por Imagem”; e o Dr. Fábio Freire, que proferiu palestra com o tema “Artrite Reumatóide”. Da Amil, o Dr. Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, que abordou “Trombólise e Anticoagulação”; e da UNIFENAS o Dr. Adelino Moreira de Carvalho, com o tema “Insuficiência Cardíaca”, e o Dr. Álvaro Alencar Moraes, sobre “Fibrilação Atrial”.

Os palestrantes, segundo Dr. Antonio Carlos, “são indivíduos que têm uma formação médica muito boa, não apenas teórica, mas também prática. Quer dizer, eles falam porque conhecem e porque fazem. É diferente de quem fala porque leu. Nós não aceitamos isso, ler e repetir o que está em um livro. Tem que haver em cada aula a experiência vivida da pessoa”, afirmou.

Ao final de cada palestra, o presidente da SBCM fez comentários sobre o que foi exposto. Houve a interação entre acadêmicos e palestrantes, para tirar dúvidas; inclusive por meio de chat.

No que depender dos idealizadores, eventos como este deverão ocorrer em outras oportunidades. “Nós sempre havíamos feitos palestras e aulas inaugurais. O simpósio é a primeira vez e com certeza virão outros, porque a Sociedade Brasileira de Clínica Médica sempre nos apoia, nos incentiva e estamos sempre com ela”, afirmou a presidente da FETA.

Para Annie Beatriz de Carvalho, vice-coordenadora do curso Medicina do câmpus de Alfenas, eventos extracurriculares enriquecem a formação do acadêmico. “Com certeza esse evento ajuda muito, os alunos adquirem informações diferenciadas e é importante para a formação deles”.

A professora Vera Lúcia Ângelo Andrade, coordenadora do curso de Medicina do câmpus de Belo Horizonte, avaliou que o simpósio permitiu a integração entre os cursos de Medicina da Universidade. Além do fato das palestras terem sido muito boas, graças à expertise dos palestrantes. “O sistema de transmissão simultânea é uma estratégia interessante, que é possível de ser usada em outras oportunidades”.



Escola Paulista de Clínica Médica



Ao comentar sobre a transmissão ao vivo do câmpus de Alfenas para o câmpus de Belo Horizonte, Dr. Antonio Carlos Lopes aproveitou para falar da recém-criada Escola Paulista de Clínica Médica, da qual é o diretor. Esta nova escola é voltada para alunos do 4º ano de Medicina, quando estes começam a aprender os mecanismos da doença, como é que ela acontece e como chegar ao diagnóstico. Os cursos serão presenciais e a distância. “Ela [escola] vem cobrir uma deficiência muito grande no país em função da abertura indiscriminada de grande número de escolas que não têm quem ensine. Então, nós vamos pelo menos cumprir uma parte do ensino médico num momento muito importante do aluno, que é durante o quarto ano”, disse Dr. Antonio Carlos, que também é professor Titular de Clínica Médica da UNIFESP.