Engenheiros Civis se reencontram na UNIFENAS após mais de três décadas de formados
Everton Marques
Egressos da Engenharia Civil com o Pró-reitor Acadêmico, Mário Sérgio Swerts; a diretora de graduação, Gerusa Vilela Terra; o diretor de extensão e assuntos comunitários, Rogério Ramos do Prado, que os recepcionou na Universidade; e a professora Sônia Boczar, que deu aula para eles
Deve haver várias formas de se medir a satisfação de egressos por terem estudado na UNIFENAS. Mas, sem dúvida alguma, nenhuma deve ser maior do que vê-los, depois de mais de 30 anos de formados, visitarem a instituição. Foi o que fez a turma 1984 do curso de Engenharia Civil que esteve na Universidade no dia 1 de agosto.
O encontro ocorreu no período da manhã. Assim que chegaram, muitas selfs para registrar o momento histórico, que começou lá atrás, no início da década de 80, quando a turma se uniu pela primeira fez para iniciar o curso de Engenharia Civil na então Fundação de Ensino e Tecnologia de Alfenas. De jovens sonhadores a profissionais realizados, felizes. Como o egresso Sérgio Gomes Michelazzo. “Tenho uma construtora, graças a Deus indo bem, graças à faculdade de Engenharia.”
Passados 31 anos, eles se reencontraram no câmpus que viram surgir. Os prédios daquela época, que para eles pareciam mais uma grande granja, deram lugar a “um dos maiores centros culturais universitários do país, a UNIFENAS”, como afirmou Cláudia Mesquita, responsável por unir a turma novamente. “Agora a gente tem facebook, whatsapp. Então, o contato é muito mais fácil. Mas aproximiar-se, estar junto, abraçar, dar beijo é outra história”, disse.
Caminhando pela Universidade, as lembranças saltaram à memória, provocaram sorrisos, lembraram fatos curiosos. Já no prédio da Engenharia Civil chegaram a fazer chamada nominal, entraram em uma das salas do curso e contaram com a presença de alguns de seus antigos mestres, ainda hoje na Universidade. “Começa a passar aquele filme na cabeça da gente e começa a rememorar. Realmente, é embargante a coisa, é muito emocionante”, confidenciou José Roberto Paoliello, coordenador curso e que foi professor da turma.
Na visita à instituição, três décadas depois, os olhares atentos a cada detalhe, a cada novo prédio construído, lhes deu orgulho de ver o quanto a Universidade prosperou por iniciativa do seu fundador, Professor Edson Antônio Velano. É como disse Cláudia Mesquita: “A determinação do Professor Velano foi muito importante, ele foi um cara visionário mesmo”.
Carta de uma egressa
Ao final da visita, Cláudia leu um texto que demonstrou o sentimento de todos em relação ao encontro e à Universidade:
Era uma vez...
Um jovem professor cheio de projetos cujo ideal sempre foi o “saber”.
Começou a luta para fundar uma faculdade em Alfenas e cuidou primeiro da
sementeira. Ela foi lançada num solo que tinha pedras e ervas daninhas, mas ele, como grande semeador, contou com suas armas poderosas: paciência, coragem, esperança e muita vontade de vencer. E conseguiu!
A princípio a fundação veio encher de orgulho seu coração e por aí foi...
Desta modesta fundação hoje existe um dos maiores centros culturais
universitários do país, a UNIFENAS. Este professor lutou até o fim de seus dias
para melhorar o ensino, através de professores idealistas como ele. Alguns
ainda estão lá. Este jovem professor, Edson Velano, deixou este legado a sua
mulher, Maria do Rosário e suas duas filhas, Larissa e Viviane, que continuaram a sua obra com muito amor e respeito por ele.
Hoje estamos aqui reunidos comemorando o nosso 31º aniversário de
formatura em Engenharia Civil. Começamos 100 alunos divididos em duas
turmas de 50, mas chegamos ao fim com 37. Alguns desistiram, outros
mudaram de faculdade, mas os que estão aqui se mostram orgulhosos e felizes por esta
comemoração de uma das primeiras turmas da FETA (Fundação de Ensino e
Tecnologia de Alfenas).
No começo foi conhecer os colegas, entrosar-se com eles e os
professores, até que nos tornamos muito amigos, não apenas colegas.
E começou a nossa luta!
Jovens com muita ansiedade de saber, e aprendemos, lutando com a
saudade e a falta das nossas casas na nossa primeira adaptação.
Os anos foram passando e já não éramos mais adolescentes inseguros e
sim quase adultos, dando um rumo certo a nossos futuros.