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9 de abril de 2015

Curso de adestramento de cavalos marchadores é ministrado em Alfenas


Everton Marques
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Participantes atentos às explicações do professor Lúcio Sérgio

O zootecnista Lúcio Sérgio Andrade, respeitado internacionalmente pelo seu trabalho com cavalos marchadores, esteve em Alfenas para ministrar o curso de “Adestramento Básico e Avançado”. Alunos do curso de Medicina Veterinária da UNIFENAS, juntamente com criadores e profissionais que lidam com estes animais, participaram do curso organizado por Luís Antônio Miranda da Silva no seu Haras LA – Campolina Machador.

Os participantes ouviram atentamente as explicações do zootecnista, que reside nos Estados Unidos há cinco anos e é considerado uma das referências internacionais no adestramento de cavalos. Ele é contra qualquer tipo de agressão contra o animal, por menor que ela seja. Durante o curso, poucas vezes se ouviu a palavra doma, pois como afirma Lúcio Sérgio “o cavalo não é um animal selvagem para ser domado”.

O curso, mais prático do que teórico, apresentou alguns métodos de adestramento do potro, equipamentos usados e suas etapas, bem como a anatomia do animal. Para o zootecnista, autor de livros e DVDS sobre o assunto, o cavalo bem adestrado responde ao comando apenas com o dedilhar da rédea. “Lidar com cavalo, eu sempre digo, é como a prática de qualquer esporte: se você não tiver o feeling, a aptidão nata, você não consegue lidar com um animal tão sensível como o cavalo”, diz.

Lúcio Sérgio vem ao Brasil duas vezes ao ano para ministrar seus cursos. Embora seja natural dos Estados Unidos, o professor foi criado em Passa Tempo e se formou em zootecnia na cidade mineira de Lavras. De acordo com ele, todo ano há uma novidade no curso, pois como diz: “em se tratando de cavalo, nós morreremos sempre aprendendo”.

A capacitação dos profissionais, que lidam diretamente com o adestramento, foi o que motivou o proprietário do haras a trazer o curso para Alfenas. Porém, há outros objetivos. Apaixonado pelo Campolina Machador, Luís Antônio quer incentivar na região, para futuro próximo, o retorno de exposições e competições voltadas exclusivamente para equinos. “Alfenas foi uma referência na criação dos equinos marchadores, tanto Manga Larga, como o Campolina. Durante muito tempo tivemos animais de destaque em exposições, em criatórios famosos no Brasil, campeões nacionais que fizeram parte desta genética, da criação das duas raças”, destaca.



Participação acadêmica



Embora o adestramento não seja a área de atuação do médico veterinário, a professora Dra. Maria Cristina Costa Resck, coordenadora do curso da UNIFENAS, resaltou a relevância dos acadêmicos participarem do curso. “A veterinária hoje tem a parte do comportamento, do bem-estar e é importante entender tudo isso para também exercer a função como médico”, afirmou.

Rodolfo Alves Ferreira, aluno de Medicina Veterinária, gostou do curso, principalmente da forma que foi ministrado. “É muito mais fácil de aprender na prática do que na teoria”, conclui.