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4 de março de 2015

Aluna relata sua experiência no Projeto Rondon

Rafaela e demais acadêmicos ficaram 17 dias no interior da Paraíba


Rosângela Fressato
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A acadêmica Rafaela: “Tenho orgulho de ser rondonista”

A estudante de Nutrição, câmpus de Alfenas, Rafaela Prado, proferiu uma palestra aos demais alunos do curso, contando sobre seu trabalho durante o Projeto Rondon, Operação Porta do Sol, em Salgado de São Félix, na Paraíba.

Rafaela ressaltou que foram 17 dias de muitas experiências e convivência com uma realidade que não imaginava existir. “Aa cada dia que passava, levávamos um tapa de realidade, uma lição de vida. Uma professora disse, uma vez: ‘uns vivem, outros sobrevivem’. E é verdade”.

A acadêmica relata que um dos fatos que lhe chamou a atenção foi quando, ao proferir uma palestra sobre higiene e boas práticas, ressaltando a importância de economizar água, uma moça da plateia levantou a mão e disse que nenhum dos moradores da cidade possuía água encanada. “Essa informação nos assustou muito e tivemos que reverter a situação”.

Segundo ela, a comodidade da população local também foi um fato que a surpreendeu. “Eles parecem não se importar muito com a situação deles. Não perguntam, não vão atrás de informações para terem uma qualidade de vida melhor. Poucos foram os que compareceram às palestras, poucos foram os que iam atrás. A comodidade e a falta de informação deles me incomodaram bastante”.

Mudança de atitudes e pensamentos foram o que mais marcaram a vida da rondonista após os 17 dias de trabalho na Paraíba. Rafaela enfatiza que, antes da viagem, ela reclamava muito da vida, por poucas coisas. Após participar do projeto, ela passou a dar mais valor às coisas que possui. “Percebi que não tenho necessidade de reclamar. Às vezes a gente acorda de manhã e tem só pão ao café. Isso é motivo de aborrecimento; mas onde eu estive, muitas pessoas não têm nem isso para comer”.

Motivação

Rafaela diz que o mais importante da sua presença no Projeto foi a motivação que passou para algumas crianças. “Elas chegavam e diziam que queriam ser como nós, queriam cursar uma faculdade. Isso foi muito gratificante. Tenho orgulho de ser rondonista”.

Professora Renata Santineli, uma das coordenadoras do Projeto na UNIFENAS, ressalta que as vantagens para o aluno, ao participar deste trabalho, é a possibilidade de estar ligada a outra realidade, encontrar seu próprio limite, desenvolver um trabalho socioeducativo, mostrar sua potencialidade “e tudo aquilo que ele vem agregando de conhecimento ao longo de sua formação acadêmica”.