LIGA DE OFTALMOLOGIA - PROJETO “DE OLHO NO FUTURO”
Juliano Lopes Carvalho*; Camila Gaspari Arrigucci**; Fernanda Simão Cenovicz**; Luiza Hayako Hirata Takizawa**; Luiz Guilherme Gonçalves Bernardi**; Henrique Charbel Namur**; Érika Fernandes Góis**; Marina Lorena Metelski**; Gabriel Almeida Veiga Jacob**; Frederico Costa Santos Modafferi**; Manuela Guimarães Justo Silva**; Fernanda Porsch Telles**; Marília Bin Dias**; Felipe Antônio Moreira**; Lygia de Carvalho Sampaio**; Allyson Justino Caetano**.

Os problemas visuais acarretam ônus ao aprendizado e à socialização, prejudicando o desenvolvimento natural das aptidões intelectuais, escolares, profissionais e sociais (THYLEFORS, 1984). De acordo com dados publicados, aproximadamente 25% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de distúrbio visual (PETTISS, 1993). Entretanto, essas crianças não relatam aos professores ou familiares sobre os sintomas. O Projeto “De Olho no Futuro” foi criado com o objetivo de diagnosticar, precocemente, possíveis doenças oculares em crianças em idade escolar, além de descrever a prevalência da baixa acuidade visual nestes escolares. Este projeto está sendo desenvolvido pelos acadêmicos de medicina, participantes da Liga de Oftalmologia da UNIFENAS – campus Alfenas - com crianças das creches do município de Alfenas. A avaliação da acuidade visual (AV) é realizada com o auxílio da tabela optométrica de Snellen, que tem como unidade de medida os valores de 0,1 a 1,0. Distanciam-se a criança cinco metros da tabela e, em seguida, os optótipos da tabela são apontados com lápis preto colocado verticalmente dois centímetros abaixo da figura, como determina o manual de orientação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Cada olho é examinado separadamente. Os escolares que utilizam óculos são testados fazendo uso adequado de seus respectivos óculos. São classificadas como tendo AV normal crianças que reconhecem as figuras da linha 3 (AV=0,8) com ambos os olhos. As que não reconhecem essa linha, com um ou ambos os olhos, são classificadas como dotadas de baixa AV (ALVES, 1998). Os dados de cada classe escolar são anotados em uma ficha, constando o nome dos alunos, série que cursam, além dos valores da acuidade visual de cada olho para cada criança. Professores e familiares dos alunos que apresentam dificuldade de leitura da tabela de optótipos são notificados e, as crianças, encaminhadas para oftalmologistas habilitados no Sistema Único de Saúde (SUS). Entende-se que, realizando o Projeto “De olho no Futuro”, as crianças poderão desenvolver suas potencialidades no cotidiano escolar, bem como na sociedade, sempre de olho no futuro.

* Professor da UNIFENAS e coordenador da Liga de Oftalmologia, Campus de Alfenas - MG
** Acadêmicos da UNIFENAS, Campus Alfenas(MG)