PROJETO BRINCAR DE VIVER: A PALHAÇARIA COMO UMA ESTRATÉGIA PARA RESGATE PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA COMUNIDADE NOVO AARÃO REIS.
Lúcia Helena Garcia Bernardes*; Lêda Maria Mendes Souza*; Mariana Arruda*; Laís de Paula Fiuza Costa**; Jonas José Junqueira de Oliveira**.

A palhaçaria - a arte do clown – tem sido usada como estratégia de humanização das relações de saúde. O curso de medicina da Unifenas BH, desde 2005, desenvolve ações neste campo, por meio do grupo Doutores Só Risos, formado por estudantes de diferentes períodos. O grupo tem uma coordenação acadêmica e uma coordenação artística. Em 2010, dois estudantes do 12º período, que participaram do referido grupo de palhaços, durante o Internato de Atenção Integral à Saúde, foram convidados a desenvolver um projeto de trabalho com base na arte do clown, com fins de resgate psicossocial de crianças e adolescentes em situação de risco, moradores da Comunidade Novo Aarão Reis. O trabalho aqui apresentado é a proposta que está sendo implementada desde setembro de 2010, resultante do trabalho conjunto dos dois alunos do Internato com o grupo atual do Drs. Só Risos. O grupo de crianças e adolescentes selecionado para o trabalho foi dividido em dois. O primeiro grupo é composto por crianças entre 5 e 8 anos e o segundo por crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos. São promovidas reuniões semanais alternando os grupos. A estratégia de trabalho usada é a palhestra – palestras de palhaços - que visa a promoção de saúde, usando a linguagem lúdica do palhaço para tratar de temas como afetividade, higiene, saúde bucal, drogas, autoestima e sexualidade. Para promover feedback, a participação nas palhestras será registrada, pelos estudantes por meio de relatórios e pelas crianças e adolescentes envolvidos, por meio de desenhos livres, buscando responder à seguinte questão: que sentimentos eu vivi durante esta palhestra? Criar referências de arte e saúde, despertando nos participantes a vontade de experimentação artística; desenvolver caminhos para comunicação mais eficiente entre médico e paciente, novas formas de mobilização social e promoção da equipe do CS: criar condições para que jovens envolvidos no projeto desenvolvam atitudes ativas ao enfrentar problemas pessoais, familiares e comunitários, melhorando sentimentos pessoais, relações familiares, comunitárias e de saúde.

*Docentes da Unifenas, campus de Belo Horizonte - MG
**Acadêmicos da Unifenas, campus de Belo Horizonte - MG

 

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