DOUTORES SÓ RISOS
Lúcia Helena Garcia Bernardes*; Camila Marcondes**; Luis Gustavo Origa**; Priscila de Miranda Freitas**
O projeto Doutores Só Risos foi criado em 2005, em resposta à solicitação de estudantes, estimulados pelo filme de Tom Shadyac e Patch Adams, que vem sendo discutido no curso, como parte das ações voltadas para a humanização da formação médica. As ações propostas se baseiam em técnicas circenses e teatro clown, visando estabelecer relações mais humanas com pacientes hospitalizados, acompanhantes e profissionais de saúde. O projeto tem como objetivo desenvolver atividades que contribuam para o processo de humanização dos diferentes espaços de promoção da saúde; favorecer a comunicação entre os profissionais; despertar o interesse dos estudantes para o desenvolvimento de atitudes humanizadas na relação médico-paciente. O trabalho se desenvolveu a partir de reuniões de planejamento, cursos de formação teórica, oficinas de desenvolvimento prático e visitas a diferentes espaços de educação e saúde. As atuações do grupo são na cidade de Belo Horizonte e tiveram início em 2006. Em 2006.2 iniciou-se o trabalho no Hospital Universitário São José, a convite de sua equipe de humanização. Ao grupo que iniciou este trabalho, em 2007 foram admitidos novos membros, selecionados através de entrevistas e atividades práticas. Em 2008 foi feita nova seleção. Ainda em 2008 os Doutores Só Risos contavam com 20 estudantes, sendo que o presidente do grupo era o único que estava no trabalho desde o início. No semestre seguinte ele e mais uma aluna do grupo iniciaram o Internato, o que produziu um distanciamento das atividades do grupo. Os outros membros eram do terceiro, quarto e quinto períodos. Contamos com uma artista, especialista em clown na saúde, para o desenvolvimento técnico do grupo. Neste período foram feitas oficinas quinzenais, que muito contribuíram para o aprimoramento dos trabalhos. As oficinas foram financiadas pela Unifenas e também por contribuições dos membros do grupo. No 2º semestre de 2008, criamos os “palhaços cabides” que funcionaram como monitores dos palhaços atuantes, ampliando o grupo e buscando desenvolver em outros estudantes capacidades de comunicação e de relacionamento humanizado. Espera-se que os Doutores Só Risos tornem-se médicos capazes de se comprometerem com a sociedade, bem como de exercerem a medicina de forma eticamente responsável decorrendo, destes compromissos, uma atenção especial à fragilidade do ser humano em situação de sofrimento. Não queremos transformar o estudante em palhaço, mais sim estimulá-lo a ampliar sua capacidade de interação com o paciente, levando sempre em consideração o acolhimento da diversidade humana.
*Professora da UNIFENAS do Curso de Medicina, coordenadora acadêmica do projeto - campus BH – MG
**Acadêmicos do curso de Medicina da UNIFENAS, campus BH – MG |